Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Negociações de paz com governo da Colômbia estão em crise, diz ELN

Os dois lados reiniciaram as negociações em 2022 como parte da tentativa do presidente Gustavo Petro de alcançar a "paz total" entre o governo e vários grupos armados, cujo conflito de seis décadas matou pelo menos 450 mil pessoas.

Quarta, 21 de Fevereiro de 2024 às 14:33, por: CdB

Os dois lados reiniciaram as negociações em 2022 como parte da tentativa do presidente Gustavo Petro de alcançar a "paz total" entre o governo e vários grupos armados, cujo conflito de seis décadas matou pelo menos 450 mil pessoas.


Por Redação, com Reuters - de Bogotá


As negociações de paz entre o governo da Colômbia e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão em crise, disse o grupo guerrilheiro, enquanto o governo acusou os rebeldes de arrastarem o processo.




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As negociações de paz entre o governo da Colômbia e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão em crise

Os dois lados reiniciaram as negociações em 2022 como parte da tentativa do presidente Gustavo Petro de alcançar a "paz total" entre o governo e vários grupos armados, cujo conflito de seis décadas matou ao menos 450 mil pessoas.


O ELN disse que a participação do governo em discussões regionais com as comunidades da província de Nariño contrariava o acordo com o ELN de realizar um diálogo nacional com o apoio de órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU).


"Agora que essa farsa, disfarçada de diálogo regional, é pública, o processo entra em crise aberta e somos obrigados a chamar nossa delegação para consultas", afirmou o ELN em uma declaração publicada em seu site na noite de terça-feira.


O ELN disse que os diálogos de paz, que estão entre ciclos de negociação, serão "congelados" até que o governo ajuste sua posição.



Equipe de negociação


O governo tem cumprido todos os seus compromissos, disse sua equipe de negociação em um comunicado, e está conversando com as comunidades locais a pedido delas.


"As decisões tomadas unilateralmente pelo ELN são de sua total responsabilidade e geram uma crise desnecessária que prolonga o confronto armado e a violência que as comunidades sofrem, além de enfraquecer a confiança da sociedade na vontade (dos rebeldes) de paz", informou a delegação do governo em um comunicado nesta quarta-feira.


O ELN responderá com força a qualquer ruptura em um cessar-fogo recentemente estendido com o governo, disse o líder Antonio García à agência inglesa de notícias Reuters nesta semana.


O grupo, fundado em 1964 por padres católicos radicais, tem 5,8 mil membros, incluindo cerca de 3 mil combatentes, e concordou, após um ciclo anterior de conversas, em acabar com os sequestros para resgate.




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