As guerras, conflitos e os desastres naturais fizeram com que 55 milhões de pessoas vivessem como deslocados internos em 2020, um recorde mundial, informaram nessa quinta-feira as ONGs Centro de Vigilância de Deslocamentos Internos (IDMC) e Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).
Por Redação, com ANSA - de Oslo
As guerras, conflitos e os desastres naturais fizeram com que 55 milhões de pessoas vivessem como deslocados internos em 2020, um recorde mundial, informaram nessa quinta-feira as ONGs Centro de Vigilância de Deslocamentos Internos (IDMC) e Conselho Norueguês de Refugiados (NRC).
Só no ano passado, foram 40,5 milhões de pessoas forçadas a deixarem suas casas, número também recorde, sendo que 30,7 milhões precisaram sair por conta de desastres naturais e 9,8 milhões por conflitos armados.
– Os números desse ano são inacreditavelmente altos e sem precedentes – destacou a diretora do IDMC, Alexandra Bilak. Para a representante é preocupante que essas cifras tenham sido atingidas em um ano que o mundo enfrentou a pandemia de covid-19.
As restrições sanitárias
Além disso, Bilak ressaltou que as restrições sanitárias provocaram obstáculos no recolhimento dos dados e que as cifras reais podem ser ainda mais altas.
O chefe do NRC, Jan Egeland, pontuou que é "chocante que uma pessoa tenha sido obrigada a fugir da própria casa dentro de seu país a cada segundo".
– Não estamos protegendo as pessoas mais vulneráveis do mundo dos conflitos e dos desastres – conclui.
Os especialistas ainda ressaltaram que as mudanças climáticas estão aumentando a intensidade e a frequência de eventos extremos, como furacões, alagamentos e ciclones.
– Podemos prever que, com os impactos futuros das mudanças climáticas, esses desastres vão se tornar mais frequentes e intensos e o número de deslocados internos crescerá – finalizou Bilak.