Com o lema O lucro não vale a vida, os trabalhadores têm como objetivo denunciar o modelo de mineração no país, que consideram como “modelo de morte”, “cuja impunidade tem sido a marca diante dos crimes cometidos por empresas como a Samarco, a Vale e BHP no estado de Minas Gerais”.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
Cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a entrada da Mineradora Samarco, em Mariana (MG). A ocupação se deu juntamente com o Levante Popular da Juventude e o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM). Com o lema O lucro não vale a vida, os trabalhadores têm como objetivo denunciar o modelo de mineração no país, que consideram como “modelo de morte”, “cuja impunidade tem sido a marca diante dos crimes cometidos por empresas como a Samarco, a Vale e BHP no estado de Minas Gerais”. Nesta sexta-feira, completam-se seis anos do rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, que matou 19 pessoas da região. Para Silvio Netto, da Direção Nacional do MST, o crime da Samarco em Mariana e o rompimento da barragem de Brumadinho, também em Minas Gerais, em janeiro de 2019, que matou 272 pessoas, mostram como o modelo de mineração atual resulta em graves problemas. – É importante ressaltarmos que esse modelo de mineração cria problemas ambientais e sociais, gera baixa arrecadação aos municípios, cria dependência e empregos que oferecem risco a toda a população mineira. Enquanto isso, toda a riqueza explorada beneficia o capital estrangeiro, materializado em empresas como a Samarco, a Vale e a BHP – afirma Netto.