O maquinário já é uma realidade em assentamentos no Nordeste do país e, segundo o próprio MST, a pretensão é expandir seu uso à medida que os experimentos forem se consolidando.
Por Redação, com BdF – de São Paulo
A Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece a partir desta quinta-feira, na capital paulista, será uma possibilidade para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apresentar à sociedade a parceria que desenvolveu com a China para receber equipamentos agrícolas destinados à produção familiar.

O maquinário já é uma realidade em assentamentos no Nordeste do país e, segundo o próprio MST, a pretensão é expandir seu uso à medida que os experimentos forem se consolidando.
— Nós estamos entendendo que (as máquinas chinesas) são necessárias para avançarmos na mecanização da produção agroecológica — observou Débora Nunes, integrante da coordenação nacional do MST.
Reforma agrária
A feira se estende até domingo e contará com atrações culturais e a presença de agricultores e agricultoras de 24 Estados do país que vão expor e vender suas produções agroecológicas. Haverá, ainda, a comercialização de refeições típicas de algumas regiões, como o famoso pato no tucupi, tradicional no Pará, ou o sururu de Alagoas, o favorito de Débora Nunes, assentada pela reforma agrária em uma área no Estado.
Segundo Nunes, a feira deste ano terá dois temas principais para dialogar com a sociedade: o combate às mudanças climáticas e também o direito da alimentação saudável para a população.
— Para isso, nós temos esse ano o que nós estamos chamando de Caminhos da Agroecologia. Teremos uma parte grande da feira onde nós vamos trazer essa diversidade do que nós temos construído em torno do Plano Nacional Plantar Árvores e Produzir Alimentos Saudáveis — concluiu a líder sem-terra.