Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

MST ocupa fazenda de ex-vereador alvo de investigação

Militantes do MST ocupam fazenda de ex-vereador preso por fraudes no INSS, reivindicando reforma agrária e denunciando a concentração fundiária no Brasil.

Segunda, 29 de Setembro de 2025 às 15:24, por: CdB

Área localizada no interior de Sergipe pertence a Alexsandro Prado, preso na primeira fase da Operação Sem Desconto por envolvimento nas fraudes previdenciárias.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

Militantes do Movimento Sem Terra ocupam, desde a semana passada, uma fazenda no interior de Sergipe cujo dono é um dos investigados pelas fraudes bilionárias no Instituto Nacional de Seguridade Social, o INSS.

MST ocupa fazenda de ex-vereador alvo de investigação | Fazenda de ex-vereador investigado é ocupada pelo MST
Fazenda de ex-vereador investigado é ocupada pelo MST

O objetivo da ação, dizem os sem-terra, é reafirmar a luta pela reforma agrária como resposta concreta à concentração fundiária e à desigualdade no campo.

Mais de 150 famílias estão na área de 170 hectares, localizada no povoado Tabela, em Cristinápolis (a 115 km de Aracaju). “A ocupação denuncia, de forma contundente, uma das maiores contradições do Brasil: terras férteis e improdutivas seguem ligadas a esquemas ilegítimos, enquanto cresce a fome e a exclusão social”, disse o movimento, em nota.

O imóvel

A ocupação teve início em 21 de setembro. O imóvel em questão pertence ao empresário Alexsandro Prado Santos. Conhecido como Lequinho, o ex-vereador de Umbaúba foi preso pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Sem Desconto, responsável por desmantelar uma organização criminosa que promovia descontos ilegais em benefícios previdenciários.

De acordo com os investigadores da PF, ele e seu sócio, Sandro Temer de Oliveira (também preso na ocasião), seriam donos de associações que teria recebido cerca de R$ 300 milhões em contribuições vindas do INSS, todas feitas sem autorização e com base em assinaturas falsificadas. As quantias transferidas do órgão para as entidades eram distribuídas para empresas em nome de laranjas.

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