Preço da passagem de ônibus, trens e metrô subiu de R$ 4 para R$ 4,30, reajuste correspondente ao dobro da inflação registrada no ano passado.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
O Movimento Passe Livre (MPL) convocou a população para o segundo protesto, nesta quarta-feira, em São Paulo, contra o aumento da tarifa do transporte público. O ato foi marcado, na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, região central da cidade.
O reajuste da tarifa para os ônibus, que passou de R$ 4 para R$ 4,30, foi anunciado pelo prefeito Bruno Covas(PSDB) ainda em dezembro, e passou a valer no dia 7. Na sequência, o governador, João Doria (PSDB), também determinou os mesmos valores para as passagens dos trens do Metrô e da CPTM, que passaram a vigorar no último domingo.
O aumento, de 7,5%, é praticamente o dobro da inflação estimada em 2018, de cerca de 3,5%. A integração entre ônibus e trens também aumenta nessa porcentagem, passando a custar R$ 7,48. Já no vale-transporte, o valor da integração passou para R$ 4,57, com reajuste ainda maior, de 14,25%.
Para o MPL, "nenhum aumento de tarifa é justo", ainda mais quando o salário mínimo foi reajustado em 4,61%, abaixo do índice de aumento da tarifa. "Não vamos aceitar pagar cada vez mais pra circular na cidade que nós fazemos funcionar", afirma o movimento.
O primeiro ato contra o aumento ocorreu na última quinta-feira. Sob clima tenso, por conta da forte presença policial, os manifestantes se reuniram em frente em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital, e seguiram em passeata por outras ruas da região, sem que fossem agredidos pelos soldados.