Rio de Janeiro, 21 de Abril de 2025

MP do Rio faz ação contra lavagem de dinheiro em postos de gasolina

De acordo com o MPRJ, o esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões em recursos ilícitos, através de empresas ligadas aos investigados, entre eles dois policiais penais do Rio de Janeiro.

Segunda, 17 de Março de 2025 às 11:06, por: CdB

De acordo com o MPRJ, o esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões em recursos ilícitos, através de empresas ligadas aos investigados, entre eles dois policiais penais do Rio de Janeiro.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, nesta segunda-feira, seis mandados de busca e apreensão contra investigados por lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. Os alvos da ação são suspeitos de usar postos de combustível para ocultar a origem ilícita de dinheiro.

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Esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões

De acordo com o MPRJ, o esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões em recursos ilícitos, através de empresas ligadas aos investigados, entre eles dois policiais penais do Rio de Janeiro. As investigações apontam para a ligação dos alvos da ação com organizações criminosas.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e cumpridos em três bairros do subúrbio carioca, pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI)

Operação prende donos de postos que adulteravam combustíveis

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu nesta semana seis mandados de prisão contra pessoas envolvidas em um esquema de fraude em postos de combustíveis. Cinco dos denunciados já estão presos. 

A operação Bomba Baixa identificou que entre os alvos estão administradores de postos de gasolina da rede GTB, que adulteravam combustíveis com metanol, substância altamente tóxica e proibida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A denúncia foi oferecida à 20ª Vara Criminal da Capital contra nove pessoas por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e crimes contra as relações de consumo, ordem econômica, saúde pública e fraude metrológica, que é a instalação de dispositivos eletrônicos nas bombas para entregar volume menor do que o registrado. Segundo a investigação, o grupo adquiria combustíveis sem nota fiscal, corrompia agentes públicos para evitar autuações e manipulava os lacres das bombas para burlar as fiscalizações.

Entre 2017 e 2023, o grupo criminoso expandiu a rede para 60 postos de combustíveis. A investigação apontou que o capital social da GTB Brasil saltou de R$ 100 mil para R$ 3,9 milhões em apenas seis anos, o que demonstra o lucro por meio das práticas ilegais.

Metanol 

De acordo com os promotores de Justiça, o metanol era misturado ao etanol e à gasolina para reduzir custos, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores. 

A substância é extremamente perigosa. Sua inalação ou contato prolongado pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte. Além disso, o metanol é altamente inflamável e sua combustão provoca uma chama invisível, dificultando o controle de incêndios.

Segundo o MPRJ, os principais postos de combustíveis citados na investigação são: 

Auto Posto de Serviços Elite de Madureira (Madureira)

Auto Posto do Trabalho Vila Valqueire (Vila Valqueire)

Auto Posto Coimbra da Vila São Luiz (Marechal Hermes)

Auto Posto Universidade Realengo (Realengo) 

Postos operados pela rede GTB (Gardênia Azul e Tanque – Jacarepaguá)

Posto de Abastecimento Aimee e Posto Flor do Mato Alto (Campo Grande e Guaratiba)

Posto Guerreiros de Caxias (Duque de Caxias)

Posto Enzo Queimados (Queimados)

Posto e Garagem Raja (Cascadura) 

Posto de Gasolina Braz de Pina (Brás de Pina)

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