Os promotores Diego Luciani e Sergio Mola afirmam que ela recebeu propinas e subornos em obras públicas em sua região eleitoral, a Patagônia. Além disso, pedem que sejam confiscados cerca de 5,3 milhões de pesos argentinos para ressarcimento dos cofres públicos e que ela perca os direitos eleitorais.
Por Redação, com ANSA - de Buenos Aires
O Ministério Público da Argentina pediu nesta segunda-feira (22) que a atual vice-presidente do país, Cristina Kirchner, receba uma pena de 12 anos de prisão por suposta corrupção durante o período em que foi chefe de Estado (2007-2015).
Os promotores Diego Luciani e Sergio Mola afirmam que ela recebeu propinas e subornos em obras públicas em sua região eleitoral, a Patagônia. Além disso, pedem que sejam confiscados cerca de 5,3 milhões de pesos argentinos para ressarcimento dos cofres públicos e que ela perca os direitos eleitorais.
Irregularidades
O caso está na justiça desde 2019 e envolve ainda outras 12 pessoas em um escândalo que envolve o megaempresário Lázaro Báez. Ao todo, 51 obras na região teriam irregularidades, o que corresponde a cerca de 80% de tudo que foi feito pelo governo durante aquela época.
No entanto, mesmo se for condenada, Cristina não cumpriria a pena atualmente porque que tem imunidade parlamentar tanto por ter sido eleita senadora como por ser a vice-presidente. Após o pedido do MP ser divulgado, o atual mandatário argentino, Alberto Fernández, se manifestou em defesa de Cristina e publicou uma longa nota nas redes sociais.
– Hoje é um dia muito desagradável para quem, como eu, criou-se em uma família de um juiz, educou-se no mundo do direito e ensina direito penal há mais de três décadas. Desejo transmitir meu mais profundo afeto e solidariedade a vice-presidente – escreveu Fernández.