Questionado acerca do futuro político, Mourão descarta sua permanência na chapa do presidente Bolsonaro e confirma que seu posto será preenchido pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. O vice-presidente foi convidado pela legenda do PRTB a tentar uma cadeira no Senado, pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Por Redação - de Brasília
Vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão (PRTB) espantou, mais uma vez, o fantasma do golpe de Estado, que ronda o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde que chegou ao Palácio do Planalto. O militar classificou como "totalmente desproposital" os rumores de que as Forças Armadas não aceitariam a possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas eleições.
Mourão afirmou a um jornal brasiliense que os militares brasileiros estão profissionalizados e agem estritamente dentro dos parâmetros constitucionais. Ele lembrou, ainda, que as Forças Armadas relacionaram-se de forma adequada nos governos petistas de Lula e da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).
— Isso é algo totalmente desproposital. As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma ao longo de todo esse período, desde o término do período de presidentes militares. As Forças Armadas não se meteram em nenhum processo eleitoral. Fomos aí, ao longo de 12 anos, 13 anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum — afirmou.
Protocolar
Questionado acerca do futuro político, Mourão descarta sua permanência na chapa do presidente Bolsonaro e confirma que seu posto será preenchido pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. O vice-presidente foi convidado pela legenda do PRTB a tentar uma cadeira no Senado, pelo Estado do Rio Grande do Sul.
— Os indícios mais fortes são que o candidato a vice junto do presidente Jair Bolsonaro seria o Braga Netto — acrescentou.
Hoje em dia, a relação do vice-presidente com Bolsonaro é tão-somente “protocolar”, após uma série de desentendimentos ao longo dos três anos passados.
— Uma relação, vamos dizer assim, protocolar. Nossa relação é protocolar. Ele é presidente, eu sou vice-presidente. Procuro executar as tarefas que ele me dá, como essa tarefa que ele me deu de ir ao Chile (para a posse do novo presidente eleito, Gabriel Boric, nesta semana). Ele tem meu apoio no projeto de reeleição dele, e eu também espero contar com o apoio dele no meu projeto de ser eleito senador — concluiu Mourão.