A Justiça russa acusa Stone de ter publicado em sua conta no X (ex-Twitter) uma mensagem que “justificava ações agressivas, hostis e violentas contra os militares das Forças Armadas russas”.
Por Redação, com CartaCapital - de Moscou
Um tribunal militar russo condenou nesta segunda-feira à revelia a seis anos de prisão o porta-voz do gigante americano das redes sociais Meta, Andy Stone, acusado de “defender o terrorismo”, uma vez que a empresa é classificada como “extremista” na Rússia.
Este tribunal de Moscou decidiu “atribuir a Stone uma pena de prisão de seis anos em uma colônia penal”, disse o juiz Roman Kiforenko, citado pela agência de notícias russa Interfax.
A advogada de defesa Valentia Filippenkova disse à Interfax que apresentará recurso contra a condenação. Andy Stone não reside na Rússia.
A Justiça russa acusa Stone de ter publicado em sua conta no X (ex-Twitter) uma mensagem que “justificava ações agressivas, hostis e violentas contra os militares das Forças Armadas russas”, logo após o início da ofensiva na Ucrânia.
A publicação de Stone, feita em 11 de março de 2022, explicou que a Meta decidiu temporariamente não considerar mensagens pedindo a “morte dos invasores russos” como uma violação dessas regras de uso.
Em novembro de 2023, a Rússia incluiu o nome de Andy Stone, diretor de comunicações da Meta, na lista de pessoas procuradas.
Em outubro de 2022, a Rússia havia definido oficialmente o grupo americano, controlador do Facebook, WhatsApp e Instagram, como uma organização “terrorista e extremista”, abrindo a possibilidade de fortes processos judiciais contra seus usuários no país.
Facebook e o Instagram
O Facebook e o Instagram também foram bloqueados na Rússia desde o início da ofensiva na Ucrânia e são inacessíveis sem uma rede privada virtual (VPN), como o X e muitos sites de mídia críticos do poder.
Antes da sua proibição, milhões de russos utilizavam aplicativos da Meta, em particular o Instagram, uma rede que continua sendo muito apreciada pelos jovens do país, apesar do bloqueio.
Em abril de 2022, a Rússia incluiu o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em sua lista de pessoas proibidas de entrar na Rússia.