As agressões contra a Unifil foram condenadas pela comunidade internacional, sobretudo pelos países que contribuem com militares para a missão, como Itália e Espanha.
Por Redação, com ANSA – de Jerusalém
O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, acusou a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) de servir de “escudo” para o grupo xiita Hezbollah, na esteira dos ataques do Exército israelense contra bases da missão da ONU no país árabe.
– Essa força não contribuiu de nenhuma forma para a manutenção da estabilidade e da segurança na região, não garantiu a aplicação das resoluções da ONU e serve de escudo para o Hezbollah – escreveu Cohen no X nesta segunda-feira.
Em seguida, o ministro se dirigiu ao secretário-geral da ONU, António Guterres. “Chegou a hora de você responder ao pedido de retirar a Unifil das zonas de conflito e parar de fazer o jogo do Hamas”, disse o político israelense, sem mencionar que a decisão sobre a presença da Unifil no Líbano cabe ao Conselho de Segurança, e não ao secretário-geral das Nações Unidas.
Força Interina da ONU
Nos últimos dias, a Força Interina da ONU denunciou diversos ataques de Israel contra suas bases no Líbano, país que é palco de uma ofensiva de Tel Aviv contra o Hezbollah, aliado do Hamas, há quase um mês. Mais de 2 mil pessoas já morreram nos conflitos em solo libanês desde meados de setembro.
As agressões contra a Unifil foram condenadas pela comunidade internacional, sobretudo pelos países que contribuem com militares para a missão, como Itália e Espanha. “Não haverá uma retirada das tropas da Unifil do Líbano”, disse o premiê espanhol, Pedro Sánchez, nesta segunda-feira.
– A missão tem hoje mais significado do que nunca, considerando o que acontece no campo de batalha – acrescentou.