Nesta segunda-feira, as Forças Armadas ucranianas realizaram um ataque de drones contra a estação de bombeamento de petróleo Kropotkinskaya.
Por Redação, com Sputnik – de Moscou
A defesa aérea russa interceptou uma aeronave ucraniana a sete quilômetros de uma estação de bombeamento de petróleo em território russo, apesar das declarações de apoio à proposta de cessar ataques por 30 dias.
Nesta segunda-feira, as Forças Armadas ucranianas realizaram um ataque de drones contra a estação de bombeamento de petróleo Kropotkinskaya do Consórcio de Oleodutos do Cáspio, na região de Krasnodar. A defesa aérea russa interceptou a aeronave a sete quilômetros da instalação.
“Assim, ao contrário das declarações de [Vladimir] Zelensky, incluindo aquelas transmitidas ao lado dos EUA, o regime de Kiev continua a planejar, preparar e executar deliberadamente ataques contra infraestrutura energética, incluindo internacionais, em território russo”, denunciou o Ministério da Defesa russo em um comunicado.
Em 17 de fevereiro, a Ucrânia já havia realizado um ataque a esta estação de petróleo. Como resultado, a instalação foi danificada e retirada de serviço para trabalhos de reparo e restauração.
Em 18 de março, os presidentes russo e norte-americano Vladimir Putin e Donald Trump, respectivamente, mantiveram uma conversa telefônica na qual discutiram a situação na Ucrânia, as condições para evitar uma escalada e várias questões internacionais.
Putin apoiou a proposta de Trump de que as partes em conflito na Ucrânia se abstivessem de atacar instalações de infraestrutura energética por 30 dias e emitiu a ordem correspondente ao Ministério da Defesa. Mais tarde, Vladimir Zelensky declarou que a Ucrânia apoiaria esta proposta.
No entanto, o Ministério da Defesa russo informou que, no dia 19 de março, Kiev lançou três drones contra a infraestrutura do Consórcio do Oleoduto Cáspio na cidade de Kavkazskaya, na região de Krasnodar, onde ocorre o transbordo de petróleo.
Na noite do último dia 21, o Exército ucraniano atacou a estação de Sudzha, por onde o gás da Rússia era transportado para países europeus.
Operação russa na região de Kursk
A operação das Forças Armadas da Rússia para retomar a cidade fronteira de Sudzha desencadeou uma retirada desorganizada e desesperada das tropas da Ucrânia da região ocidental de Kursk. A informação foi repercutida por jornais norte-americanos como o Wall Street Journal no sábado, que citou um militar ucraniano.
Fontes confirmaram à agência russa de notícias Sputnik que as forças russas assumiram o controle da zona industrial de Sudzha após se infiltrarem na retaguarda inimiga por meio de um gasoduto. Já o jornal destacou que o Exército ucraniano, já em uma situação crítica na região de Kursk, foi surpreendido pelo ataque russo.
O sargento sênior Zenon Dashak e outros soldados disseram à publicação que a operação russa gerou pânico, levando alguns comandantes de campo a ordenarem a retirada de suas tropas antes de receberem instruções superiores.
Dashak afirmou ainda que a retirada ucraniana do território ocorreu tarde demais, resultando em perdas de soldados e equipamentos militares que poderiam ter sido evitadas.
Em agosto do ano passado, forças ucranianas cruzaram a fronteira e lançaram uma ofensiva na região de Kursk. Nas últimas semanas, o Exército russo intensificou sua contraofensiva e retomou diversas localidades, incluindo a cidade fronteiriça de Sudzha.
