Após os ataques, Manaus amanheceu, nesta segunda-feira, com o funcionamento de escolas da rede municipal e ônibus do transporte público suspenso. Mas o prefeito garantiu que, com a ajuda do Exército nos postos de saúde, a vacinação contra o coronavírus está garantida.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
A onda de ataques incendiários da facção criminosa Comando Vermelho em Manaus e outros quatro municípios próximos levou o prefeito David Almeida (Avante) a solicitar a convocação do Adestramento Básico de Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), isto é, a presença do Exército nas ruas para controlar os ataques. Durante coletiva de imprensa de domingo, Almeida afirmou que conversou com o Comandante Militar da Amazônia, general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). – O Estado não pode recuar, tem que ter muita firmeza nesse momento. Se estão fazendo isso a luz do dia, durante a noite pode ser muito pior, delegacias estão sendo atacadas. Tem que convocar a GLO, está mais do que na hora do Exército entrar nas ruas, não se pode deixar que os marginais tomem conta. Temos sim (que ter) a presença do Exército nas ruas para colocar esses bandidos no lugar deles – afirmou Almeida. Em resposta ao site Amazônia Real, a assessoria de imprensa do Comando Militar da Amazônia informou, no entanto, que não recebeu um comunicado formal do prefeito de Manaus solicitando a GLO. Os ataques teriam sido desencadeados, ainda entre a madrugada de sábado e domingo, após o assassinato de um dos líderes da facção pela Polícia Militar do estado, Erick Batista Costa, conhecido como “Dadinho”, na noite de sábado. Os criminosos atearam fogo em praças, prédios públicos, escolas, agências bancárias, ônibus e até mesmo uma ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). “Foram longe demais, um abuso extremo, que a sociedade não pactua e não aceita. Nem numa guerra atacam uma ambulância. Muito ousados, chega! Você que sabe onde estão esses marginais, denunciem, liguem para a polícia”, disse o prefeito.