O enclave devastado pela guerra está sofrendo catástrofe humanitária quase sete meses depois que Israel lançou uma ofensiva devastadora, em resposta aos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro, que mataram 1,2 mil pessoas em Israel.
Por Redação, com Reuters – de Manila
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) pediu nesta quarta-feira um cessar-fogo e acesso humanitário desimpedido à Faixa de Gaza, onde milhões de pessoas enfrentam o agravamento da fome.
O enclave devastado pela guerra está sofrendo catástrofe humanitária quase sete meses depois que Israel lançou uma ofensiva devastadora, em resposta aos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro, que mataram 1,2 mil pessoas em Israel.
– Precisamos desesperadamente de uma solução política que nos permita um cessar-fogo para que a ajuda chegue – disse a presidente da IFRC, Kate Forbes, à Reuters em entrevista em Manila.
– Estamos prontos para fazer a diferença. Temos que ter acesso e, para isso, é preciso um cessar-fogo – afirmou Kate, que em dezembro se tornou a segunda mulher a ocupar o cargo mais alto da maior rede humanitária do mundo.
Gaza
A presidência da IFRC é cargo voluntário e supervisiona uma rede que reúne 191 organizações que trabalham durante e após desastres e guerras, como a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, que tem equipes de ambulância em Gaza.
Kate disse que tinha visto a situação “atroz” em Rafah durante uma visita em fevereiro, meses antes de Israel lançar ataque militar na cidade do sul de Gaza, que abrigava mais de 1 milhão de palestinos que fugiram dos ataques a outras partes do enclave.
– Não havia moradia suficiente. Não havia água, não havia banheiros sanitários suficientes. Tínhamos um hospital sem equipamentos… e, infelizmente, o que eu temia aconteceu, não haveria comida suficiente – acrescentou.