O órgão eleitoral venezuelano declarou a reeleição de Nicolás Maduro como presidente do país, com pouco mais de 50% dos votos. No entanto, não foram divulgadas as atas de votação, o que levou o Brasil a não reconhecer o resultado.
Por Redação – de Santiago do Chile
Presidente da França, Emmanuel Macron conversou por telefone com o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira, durante visita ao Chile. O francês agradeceu pela presença da primeira-dama, Janja, na abertura das Olimpíadas de Paris, e elogiou a posição do governo brasileiro diante das eleições venezuelanas.
O órgão eleitoral venezuelano declarou a reeleição de Nicolás Maduro como presidente do país, com pouco mais de 50% dos votos. No entanto, não foram divulgadas as atas de votação, o que levou o Brasil a não reconhecer o resultado. Enquanto isso, a oposição, liderada por Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, alega ter vencido o pleito.
Soberania
Lula disse a Macron, no telefonema, segundo informou o Palácio do Planalto, que segue em busca “de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”.
“Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira, e a posição do país de estímulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana. O presidente Lula reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”, informou a nota divulgada, nesta tarde, pelo Palácio do Planalto.
O presidente chileno, Gabriel Boric, embora não tenha tocado no assunto durante a visita de Lula, discorda da posição brasileira e aponta a eleição venezuelana como irregular. Atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, foi considerado reeleito pelos organismos oficiais com quase 52% dos votos.