Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Lula reúne ministros e cobra solução para o povo Yanomâmi

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Terça, 09 de Janeiro de 2024 às 20:50, por: CdB

Lula disse, ainda, que o encontro era para “definir, de uma vez por todas o que nosso governo vai fazer para evitar que indígenas brasileiros continuem sendo vítima de massacre”.


Por Redação, com ABr - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou, nesta terça-feira, uma reunião com ministros de Estado para debater as condições das terras Yanomâmi, em Roraima. Já no discurso de abertura, o presidente adotou um tom de cobrança.

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Crianças yanomami foram atacadas por garimpeiros armados


Segundo Lula, o encontro era “para fazer uma revisão do que foi feito ano passado” no combate ao garimpo “e o que temos que fazer a partir de hoje”. Em declarações registradas nesta manhã, Lula afirmou que as terras indígenas “têm dono” e que usará “todo o poder da máquina pública” para combater as atividades de garimpo ilegal na região demarcada.

— Vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina. Temos territórios indígenas demarcados — disse o presidente, logo na abertura da reunião ministerial.

 

Massacre


Lula disse, ainda, que o encontro era para “definir, de uma vez por todas o que nosso governo vai fazer para evitar que indígenas brasileiros continuem sendo vítima de massacre”.

— (Definir o que fazer com) as pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono, que são os indígenas, e que não podem ser utilizadas — acrescentou.

Os garimpeiros estão de volta ao território indígena, menos de um ano depois da realização de uma série de grandes operações, que expulsou 20 mil pessoas envolvidas na exploração ilegal das reservas yanomâmis. Imagens captadas pelo Ibama mostram que os garimpos que foram desativados à época, estão em plena atividade. A volta dos garimpeiros coincide com uma piora na saúde dos yanomâmis, que ainda sofrem com a malária e desnutrição.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, de janeiro a outubro de 2023, 215 yanomamis morreram. Destes, 90 faleceram por causas infecciosas, como pneumonia e malária. Segundo a Polícia Federal, somente em 2013, foram realizadas 175 prisões relacionadas ao garimpo ilegal em terras yanomamis e 589 milhões de reais em bens apreendidos. Outros 173 autos de infração foram lavrados contra garimpeiros, o que resultou mais de 60 milhões em multas.

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