Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Lula reflete sobre risco de uma nova ditadura, ampliado por neofascistas

"Nunca imaginei que depois dos avanços que tivemos na Constituição de 88, a gente voltaria a uma situação de anomalia democrática. Todos nós temos que refletir se em algum momento nós tivemos responsabilidade pelo que está acontecendo", afirmou Lula.

Sexta, 20 de Agosto de 2021 às 13:04, por: CdB

"Nunca imaginei que depois dos avanços que tivemos na Constituição de 88, a gente voltaria a uma situação de anomalia democrática. Todos nós temos que refletir se em algum momento nós tivemos responsabilidade pelo que está acontecendo", afirmou Lula.

Por Redação, com ACSs - de São Luís
Como parte de sua viagem ao Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve nesta sexta-feira com a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), e outros líderes políticas em um encontro promovido pelo partido. Gleisi e Dino discursaram no evento e lembraram da perseguição jurídica promovida pela Operação Lava Jato contra o ex-presidente ao longo dos últimos anos.
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Lula é recebido por militantes do PT, em visita ao Estado do Maranhão
Lula, em sua fala, disse ser "muito importante" refletir "sobre o que está acontecendo no nosso país e o que aconteceu em um passado bem recente”. — Nunca imaginei que depois dos avanços que tivemos na Constituição de 88, a gente voltaria a uma situação de anomalia democrática. Todos nós temos que refletir se em algum momento nós tivemos responsabilidade pelo que está acontecendo — afirmou Lula.

Ditadura

A declaração do petista vem em um momento em que o mandatário neofascista Jair Bolsonaro (sem partido), chamado por Lula de "genocida que não tem respeito nem por 600 mil pessoas que morreram", coloca em dúvida o processo eleitoral brasileiro e faz sucessivos ataques à democracia. O ex-presidente afirmou que a oposição ainda não conseguiu mostrar à população que uma situação como esta, de ameaça de volta a uma ditadura, não é normal. O ex-presidente afirmou, ainda, que tem dúvidas se a Câmara dos Deputados votará o impedimento de Bolsonaro. A outra opção, segundo Lula, é uma interdição do chefe do governo via Supremo Tribunal Federal (STF): "ele é um desequilibrado". O petista contou ainda que o ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) lhe deu uma bronca após ver imagens de sua chegada ao aeroporto de São Luís do Maranhão e pediu que o ex-presidente não viaje mais pelo país sem um médico ao seu lado. Lula, então, pediu que a população não se esqueça dos cuidados com a pandemia. "Depende de nós. Evitar aglomerações, evitar tirar a máscara, lavar a mão”.
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