O ex-presidente inicia o giro pela Alemanha. Na capital, Berlim, Lula se reunirá com Martin Schulz, ex-líder do Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha e ex-presidente do Parlamento Europeu. Na Bélgica, o líder brasileiro participará de um debate no Parlamento Europeu e terá reuniões com os líderes social-democratas.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia, nesta quinta-feira, uma agenda de encontros com líderes políticos e sociais em quatro países europeus. Na Alemanha, Bélgica, França e Espanha, Lula terá compromissos e manterá diálogos sobre o cenário mundial e da América Latina no momento atual.
O ex-presidente inicia o giro pela Alemanha. Na capital, Berlim, Lula se reunirá com Martin Schulz, ex-líder do Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha e ex-presidente do Parlamento Europeu. Na Bélgica, o líder brasileiro participará de um debate no Parlamento Europeu e terá reuniões com os líderes social-democratas.
Já na França, Lula participará de uma conferência sobre o Brasil no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po). A conferência acontece dez anos depois de Lula ter sido o primeiro líder latino-americano a receber o título de Doutor Honoris Causa da instituição, uma das mais respeitadas do mundo.
Vice tucano
No dia 17, Lula receberá o prêmio Coragem Política 2021, concedido pela revista Politique Internationale por sua gestão “marcada pelo desejo de promover a igualdade”, na Presidência da República. Ainda em Paris, Lula se reunirá com a prefeita Anne Hidalgo. Na Espanha, o ex-presidente participará de uma conferência e se reunirá com lideranças políticas.
Enquanto arrumava as malas, Lula comentou com a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), as negociações em torno do nome para vice-presidente na chapa presidencial que competirá na campanha eleitoral do ano que vem. Segundo Bergamo, o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin voltaram a trocar recados, por meio de interlocutores, “depois que a coluna revelou que lideranças do PT e do PSB tentam viabilizar uma chapa que una os dois para disputar a Presidência da República”.
“De acordo com pessoas que convivem com eles, tanto Lula quanto Alckmin estão serenos e não têm pressa para finalizar as conversas. Os dois sabem das dificuldades de uma união ainda no primeiro turno e não querem atropelar rituais políticos. Lula, no entanto, já avançou nos elogios ao ex-governador tucano”.
Travesseiro
Ainda segundo a jornalista, Lula afirmou que, com Alckmin de vice, “poderia dormir tranquilo: Alckmin, que foi quatro vezes governador, teria experiência e estatura política. Ajudaria a governabilidade. E não transformaria a vice em um centro de conspiração e sabotagem para desestabilizar o governo”.
A união dois dois na chapa nacional mudaria o quadro também em São Paulo. Alckmin hoje é o nome que está na dianteira da disputa pelo governo, com 26% das intenções de voto, segundo o Datafolha. O petista Fernando Haddad aparece em segundo lugar, com 17%. Mas salta para 23% em um cenário sem o ex-governador.
“O ex-governador Márcio França, do PSB, aparece com 15%. Uma aliança do PSB com o PT no plano nacional facilitaria o entendimento dele com Haddad para uma chapa única. Com os dois partidos unificados, a oposição ao grupo de João Doria (PSDB-SP), hoje alvo preferencial de Alckmin, sairia fortalecida no Estado já no primeiro turno, mesmo com a saída do ex-governador da disputa pelo governo”, conclui.