"Nós vamos negociar a dívida das famílias brasileiras que estão endividadas. Setenta por cento das famílias brasileiras estão endividadas e dentre essas pessoas que estão com dívidas, 22% dessas dívidas são com água, luz", afirmou Lula.
Por Redação - de Manaus
A pauta econômica esteve presente, mais uma vez, nas declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista nesta quarta-feira à Rádio Clube, do Pará, o candidato petista à reeleição reafirmou seu compromisso com uma política econômica pautada em "credibilidade, estabilidade de previsibilidade".
— O Brasil precisa de um governo com três coisas: credibilidade, que eu tenho, estabilidade, que eu já garanti, e previsibilidade, porque as pessoas não podem ser pegas de surpresa — afirmou o candidato, que se encontra em uma agenda na capital amazonense.
Economia
Lula também prometeu que as famílias brasileiras terão suas dívidas renegociadas para ajudar a economia a voltar a girar.
— Nós vamos negociar a dívida das famílias brasileiras que estão endividadas. Setenta por cento das famílias brasileiras estão endividadas e dentre essas pessoas que estão com dívidas, 22% dessas dívidas são com água, luz, que você pode negociar com as prefeituras, com as empresas, para que a gente possa diminuir essa dívida e as pessoas possam, inclusive, contrair uma outra dívida para ajudar a economia a voltar a crescer — acrescentou.
Ainda segundo Lula, trata-se de um compromisso do partido.
— Se ganharmos as eleições, nós vamos renegociar essas dívidas do povo brasileiro para que ele possa voltar a sorrir e ter o nome limpo no Serasa. Não queremos nenhum brasileiro, por mais pobre que seja, com o nome pendurado no Serasa. O pobre é bom pagador, ele gosta de pagar. O pobre que deve na padaria tem vergonha de encontrar com o dono da padaria. Se ele dever no bar ele tem vergonha. Então é possível que a gente garanta a limpeza do nome das pessoas para que elas possam voltar a andar de cabeça erguida nesse país — pontuou.
Relatório
O discurso de Lula segue em linha com a preocupação dos eleitores brasileiros com a difícil situação econômica em que se encontra o país. Com a situação agravada pelo governo Jair Bolsonaro (PL), a preocupação dos eleitores com o aspecto financeiro está refletida nas buscas no Google.
O relatório divulgado pela plataforma, nesta manhã, mostra um alto interesse pelos termos "vagas", "salário mínimo", "inflação" e "empréstimo", por exemplo. Os dados apresentados no relatório são "normalizados", ou seja, "quando olhamos para o interesse de busca em um determinado tema ao longo do tempo, estamos olhando para aquele interesse como uma proporção de todas as buscas em todos os tópicos pesquisados no Google naquele local, naquele momento”, explica a plataforma.
“Essa normalização é muito importante: o número de pessoas buscando no Google muda constantemente — em 2004, o volume de buscas era muito menor do que ele é hoje, então números brutos não permitiriam comparação entre passado e presente. Ao normalizar nossos dados, podemos extrair insights mais profundos: comparar períodos de tempo diferentes, países distintos e até mesmo cidades diferentes”, conclui o site de buscas.