Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Lula denuncia campanha suja de Bolsonaro, nas redes sociais

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Domingo, 09 de Outubro de 2022 às 10:00, por: CdB

Na sexta-feira, a coligação do ex-presidente informou ter ingressado com pedido de providências ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que determine ao Twitter a retirada de publicações de notícias falsas contra a candidatura do petista.

Por Redação, com Reuters - de São Paulo
Candidato a um novo turno no Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o número de notícias falsas disseminadas por seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), contra ele, nas redes sociais, e afirmou que não é possível para um governante tocar um país se a vitória eleitoral ocorrer a partir de mentiras.
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Google, Facebook, Twitter têm de fazer mais para combater fake news, afirma o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva
Em Campinas (SP), durante ato de campanha, Lula afirmou que o departamento jurídico de sua campanha tem acionado a Justiça Eleitoral para "evitar ao máximo a sandice que nosso adversário faz". Lula disputa o segundo turno com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). — Ninguém que ganhe a eleição mentindo conseguirá governar esse país com seriedade. Você vira vítima da mentira que você contou. Você fica sofrendo por conta da tua irresponsabilidade — disse o ex-presidente.

Tribunal

Lula também questionou se as medidas tomadas pela Justiça Eleitoral e rede sociais têm sido suficientes para conter o aumento de mentiras espalhadas, muitas delas verbalizadas por seu adversário. — Vamos acionar a Justiça cada vez mais — disse Lula, referindo-se às notícias falsas contra ele. Na sexta-feira, a coligação do ex-presidente informou ter ingressado com pedido de providências ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que determine ao Twitter a retirada de publicações de notícias falsas contra a candidatura do petista. No pedido, a coligação argumenta que o Twitter não tem atuado da forma como se comprometeu quando assinou memorando de entendimento com a Justiça Eleitoral para o combate à propagação de notícias falsas. Aponta ainda que a plataforma tem os meios técnicos para identificar e mapear as contas propagadoras das chamadas ‘fake news’.

Inquérito

A peça jurídica lista, ainda, uma série de perfis que propagam fake news, como os de dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP), e o também deputado federal eleito Delegado Ramagem (PL-RJ), entre outros. A propagação de notícias falsas a partir de uma rede organizada também é investigada em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Na véspera, durante entrevista a jornalistas, Lula também acusou Bolsonaro de se utilizar da máquina pública para se reeleger e disse estar pronto, ao lado do vice em sua chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin, para "tirar esse país do muro da lamentação em que está”.

Novos apoios

Questionado sobre o encontro com economistas na próxima semana, muitos deles idealizadores do Plano Real, o ex-presidente disse estar conversando com autoridades e personalidades que não votavam nele em disputas anteriores. Lula também deve se reunir nos próximos dias com lideranças no PSDB, partido com o qual rivalizou em eleições passadas. A legenda liberou o posicionamento dos diretórios sem indicar preferência pelo segundo turno. Segundo ele, isso ocorre porque as pessoas identificariam em sua candidatura a "possibilidade de recuperar a democracia" do Brasil, apesar de eventuais discordâncias políticas, econômicas ou ideológicas. O petista relatou ainda que sua conversa, na véspera, com o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso foi "extraordinária". FHC declarou apoio a Lula na quarta-feira. — Estamos recebendo apoio de todos aqueles que são democratas — concluiu Lula.
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