Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Lula chega a Brasília, disposto a resolver PEC e questão militar

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Segunda, 28 de Novembro de 2022 às 11:00, por: CdB

Lula e e o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad já têm marcadas, em suas agendas, reuniões com partidos aliados e também com os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.

Por Redação - de Brasília
Presidente eleito, o líder popular Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Capital Federal, nesta segunda-feira, disposto a tratar das negociações em torno da chamada Proposta e Emenda à Constituição (PEC) do Bolsa Família, que retira o programa de R$ 600 para famílias carentes do teto de gastos. Lula despachou nesta manhã, pela primeira vez, de sua sala no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
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Aliado de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é cotado para ministério relevante na próxima gestão do PT
Lula e e o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad já têm marcadas, em suas agendas, reuniões com partidos aliados e também com os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. A chegada de Lula a Brasília estava prevista para a semana passada, mas precisou ser adiada por conta do tratamento pós-operatório ao qual o presidente eleito foi submetido, em São Paulo. Antes disso, Lula viajou — acompanhado de Haddad — para o Egito, para participar da COP27, e para Portugal, onde se reuniu com o presidente e o primeiro-ministro do país.

Articulação

A expectativa de aliados é a de que a chegada de Lula à capital federal possa ajudar a reorganizar a articulação política e destravar as negociações para dar início à tramitação da PEC. A equipe de Lula tem pressa em aprovar a PEC no Congresso, mas vem enfrentando dificuldades. A apresentação do texto já foi adiada mais de uma vez devido à falta de acordo entre líderes na Câmara e no Senado. Os principais pontos de discordância são o prazo de vigência e o valor que ficaria fora do teto. A proposta garante o pagamento da parcela de R$ 600 do Auxílio Brasil — que voltará a se chamar Bolsa Família — a partir de janeiro mais um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. O relator-geral do orçamento de 2023 e vice-líder do MDB no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), informou que vai protocolar a PEC até amanhã (29). O texto precisa ser aprovada tanto no Senado como na Câmara até 10 de dezembro.

Questão militar

Além da articulação, no Congresso, Lula precisará negociar, ainda, os nomes de quem fará parte dos núcleos temáticos de Defesa e Inteligência Estratégica da Transição e até mesmo anunciar os primeiros ministros do seu futuro governo, entre eles o novo ministro da Defesa. Um dos nomes cotados é o do ex-ministro da pasta durante o governo de Dilma Rousseff, Jaques Wagner. Lula se reuniu com Wagner na sexta-feira para tratar da questão. A equipe petista já está em contato com militares de alta patente, como o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e o ex-comandante do Exército Edson Pujol, para formular os projetos do novo governo às Forças Armadas. Todos descartaram, de forma enfática, qualquer mobilização da caserna para um levante militar contra o presidente eleito.
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