Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Lula chama Eduardo Bolsonaro de ‘maior traidor da História’

Lula critica Eduardo Bolsonaro, pedindo sua cassação por supostos ataques ao Brasil em viagens ao exterior. Entenda as declarações do presidente.

Sexta, 29 de Agosto de 2025 às 20:28, por: CdB

Lula acusou o parlamentar de ter atacado o Brasil em viagens ao exterior, principalmente nos Estados Unidos, ao lado do ex-presidente Donald Trump.

Por Redação – de Belo Horizonte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer duras críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conhecido como filho ’03′, a quem chamou de “o maior traidor da História do país”. Lula é favorável à cassação do mandato, ao afirmar que o congressista não tem condições de permanecer na Casa, uma vez que suas atitudes ultrapassaram todos os limites.

Lula chama Eduardo Bolsonaro de ‘maior traidor da História’ | Lula pediu a cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por traição à Pátria
Lula pediu a cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por traição à Pátria

— Não pode exercer o mandato dele. Já falei com o presidente Hugo Motta, com vários deputados. É extremamente necessário cassar Eduardo Bolsonaro, porque ele vai passar para a história como o maior traidor da história deste país. Aliás, um dos maiores traidores da pátria do mundo — afirmou.

Lula acusou o parlamentar de ter atacado o Brasil em viagens ao exterior, principalmente nos Estados Unidos, ao lado do ex-presidente Donald Trump.

— le sai do Brasil, vai para os Estados Unidos denunciar o Brasil e fica mentindo com relação ao país. As acusações que Trump fez ao Brasil são todas inverídicas — acrescentou Lula, em entrevista à Rádio Itatiaia.

 

Julgamento

O chefe do Executivo também comentou o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL). Ao ser questionado sobre o assunto, Lula garantiu que não se envolve no processo e que não pretende acompanhar as sessões.

— Não vou assistir a julgamento nenhum. Tenho coisa melhor para fazer — desdenhou.

Ele ressaltou que o caso será decidido pela Justiça com base em provas, depoimentos e investigações da Polícia Federal (PF).

— (Bolsonaro) será julgado com base nos autos. Não é a figura de Bolsonaro que está sendo julgada. O que está sendo julgado é o comportamento desse cidadão que foi presidente em função das denúncias e delações feitas e das provas apuradas pela Polícia Federal. Se ele cometeu crime, será punido. Se não cometeu, será absolvido e a vida continua. A Justiça deve valer para todos — pontuou.

 

Sem anistia

Lula também rejeitou qualquer possibilidade de anistia ao ex-presidente. Para ele, sequer há espaço para esse debate neste momento.

— Não se discute anistia. É uma coisa tão impertinente. Ninguém foi ainda condenado. O homem não foi nem julgado e já está querendo anistia? Ele já está dizendo que é culpado e quer ser perdoado? — questionou.

O presidente acrescentou que Bolsonaro deve apresentar sua defesa como qualquer outro cidadão.

— Ele está tendo direito à presunção de inocência, que eu não tive. Então, que ele se defenda e prove que é mentira. Que prove que não tinha caminhão com bomba no aeroporto de Brasília. Que prove que não tinha plano arquitetado para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Que prove que não foi ele que organizou a ocupação na frente dos quartéis brasileiros — opinou.

 

Crime organizado

Ainda na entrevista à estação de rádio, Lula acusou indiretamente o deputado mineiro Nikolas Ferreira (PL) de ter atuado em defesa do crime organizado, ao disseminar notícias falsas sobre mudanças no sistema do PIX. Lula disse que o parlamentar fez campanha contra medidas da Receita Federal que buscavam ampliar o combate a esquemas ilegais.

— Tem um deputado que fez uma campanha contra a mudança que a Receita Federal propôs, e agora está provado que o que ele estava fazendo era defender o crime organizado. E nós não vamos dar trégua — garantiu o presidente, sem citar o nome de Nikolas no ar, mas deixando clara a referência.

O presidente também exaltou a operação realizada nesta semana pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo, classificada como a mais importante em 525 anos de história do Brasil. Segundo ele, a ação mirou os setores mais poderosos do crime organizado.

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