Depois do assassinato de Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho, o sistema de Justiça acendeu alerta máximo contra a violência política nas eleições.
Por Redação, com RBA - de Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) divulga nas redes sociais, desde esta segunda-feira, uma campanha contra o discurso de ódio (assista abaixo). “Liberdade de expressão não é liberdade para cometer crimes”, diz uma das frases do vídeo. Outra faz referência a uma ameaça de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso pela Polícia Federal no último dia 22 por disseminar potenciais atos de violência contra ministros do Supremo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Marcelo Freixo (PSB-RJ). “Marcelo, vou te pendurar de cabeça para baixo!”, estampa a campanha do STF. – Sumam do Brasil – disse Ivan Rejane em um vídeo. Ele também imitou Jair Bolsonaro e convocou pessoas a atos para o próximo dia 7 de setembro. No discurso da convenção nacional do PL, no domingo, o chefe de governo pediu a apoiadores para irem às ruas pela “última vez” e acrescentou que “nós, militares, juramos dar a vida pela pátria”. “Discurso de ódio não é liberdade de opinião”, acrescenta o vídeo do STF. Depois do assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no dia 9 de julho, o sistema de Justiça acendeu alerta máximo contra a violência que já não está apenas no terreno das ameaças, mas é fato concreto. Ao chegar à festa de aniversário do petista antes de matá-lo, o policial penal Jorge Guaranho gritava “aqui é Bolsonaro”. Na última sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a iniciativa de criar um Grupo de Trabalho (GT) para “elaborar e sugerir” diretrizes e disciplinar as ações contra a violência política nas Eleições 2022. O assassinato de Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho desencadeou a iniciativa. No dia 20 deste mês, o Ministério Público (MP) do Paraná denunciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato.