Na nova rodada de pesquisas, agora, Trump já aparece empatado com Kamala nos três Estados do chamado Cinturão do Sol, segundo média dos levantamentos. Nesses colégios eleitorais, destacam-se no grupo pelo recorte demográfico os latinos, com 22% e 25% do eleitorado de Nevada e Arizona, respectivamente.
Por Redação, com agências internacionais – de Washington
A campanha democrata ganhou, definitivamente, um novo impulso com a substituição de Joe Biden, 81, por Kamala Harris, 59. Pesquisas divulgadas neste sábado mostram o aumento na vantagem da candidata nos sete Estados que tendem a definir o vencedor da corrida pela Presidência norte-americana. Há três semanas, a coordenação da campanha de Harris previa dificuldades quase intransponíveis no Arizona, na Geórgia e em Nevada. Donald Trump, 78, abria uma vantagem de cinco pontos percentuais.
Na nova rodada de pesquisas, agora, Trump já aparece empatado com Kamala nos três Estados do chamado Cinturão do Sol, segundo média dos levantamentos. Nesses colégios eleitorais, destacam-se no grupo pelo recorte demográfico os latinos, com 22% e 25% do eleitorado de Nevada e Arizona, respectivamente. Na Geórgia, um terço é negro, de acordo com o Pew Research Center. São dois grupos em que Biden vinha perdendo apoio – não necessariamente para Trump, mas em razão de uma insatisfação com o octogenário. Assim, muitos declaravam que não votariam neste ano (a participação eleitoral nos EUA não é obrigatória) ou que escolheriam o candidato independente Robert F. Kennedy Jr.
Projeção
Kamala Harris, a primeira mulher não branca a disputar a Presidência por um grande partido, vem fazendo parte desses eleitores mudarem de ideia, mostram os dados, o que explica sua ascensão nas pesquisas, enquanto Trump tem se mantido praticamente constante, na média.
— Se Kamala é de certa forma inexperiente no Meio-Oeste, um dos pontos positivos de sua candidatura, pelo menos até agora, é que ela parece ter reaberto o caminho dos democratas no Cinturão do Sol — resumiu J. Miles Coleman, do Sabato’s Crystal Ball, um dos principais centros de projeção eleitoral norte-americanos, vinculado à Universidade da Virgínia.