Segunda, 19 de Dezembro de 2022 às 14:00, por: CdB
Gomes enfrenta 86 sindicatos que, segundo observadores ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, aceitaram a transferência da assembleia para o dia 16 de janeiro, por uma questão jurídica. Se impedissem a transferência da data, poderia ser alegada a falta do “princípio da ampla defesa”. A assembleia estava marcada para a esta quarta-feira, dia 21.
Por Redação - de São Paulo
A saída estratégica do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o empresário Josué Gomes, em viagem com a família para os Estados Unidos até início do ano que vem, foi decisiva para ele ganhar tempo e levar adiante seu plano de deixar o posto, mas sem uma derrota fragorosa para o antecessor, o bolsonarista Paulo Skaff. Interlocutores do industrial ouviram dele que seu maior objetivo, no momento, é cuidar dos próprios negócios. Na semana passada, o executivo declinou do convite para ser ministro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gomes enfrenta 86 sindicatos que, segundo observadores ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, aceitaram a transferência da assembleia para o dia 16 de janeiro, por uma questão jurídica. Se impedissem a transferência da data, poderia ser alegada a falta do “princípio da ampla defesa”. A assembleia estava marcada para a esta quarta-feira, dia 21 e Gomes não participaria da disputa, por estar fora do Brasil.
Aliado
No edital publicado, os sindicatos deixam claro que, apesar da mudança de data, os itens da pauta permanecem os mesmos, tendo por trás o objetivo de destituir Josué do cargo que ocupa desde janeiro. O empresário, dono da empresa do setor têxtil Coteminas, substituiu Paulo Skaf do comando da Fiesp. Aliado ao presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Fiesp permaneceu no cargo por quase duas décadas.
Inconformado com a derrota, Skaff articula a queda Gomes. Procurada pela reportagem, a Fiesp prefere não falar, oficialmente, sobre os eventos em curso.