O Washington Post destacou que a "eleição presidencial profundamente polarizadora" colocou "populistas de extremos opostos do espectro político" frente a frente, com a "direita" de Bolsonaro e a "esquerda" com o ex-presidente Lula (PT).
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
Os jornais estrangeiros estão de olho na disputa eleitoral brasileira. Em textos sobre o primeiro turno da disputa, o destaque foi para a falha dos institutos de pesquisa em prever os votos recebidos por Jair Bolsonaro (PL), a polarização e a surpresa de parte do eleitorado de esquerda com o resultado. O Washington Post destacou que a "eleição presidencial profundamente polarizadora" colocou "populistas de extremos opostos do espectro político" frente a frente, com a "direita" de Bolsonaro e a "esquerda" com o ex-presidente Lula (PT). "A eleição chamou a atenção global como o mais novo local para a luta mundial entre democracia e autoritarismo. Ela é observada particularmente de perto nos Estados Unidos, onde a política é similarmente polarizada", diz o jornal dos EUA. "O Brasil agora entra em um período de quatro semanas potencialmente desestabilizador, à medida que o campo de 11 candidatos desmorona apenas para Lula e Bolsonaro." O New York Times destaca no título que Bolsonaro superou as previsões das pesquisas e que a atual eleição é vista como "a mais importante em décadas na maior nação da América Latina". "Governadores e legisladores apoiados por Bolsonaro também superaram as pesquisas, vencendo muitas de suas disputas", diz o jornal que destaca as eleições do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL), e dos deputados federais Ricardo Salles (PL-SP) e Eduardo Pazuello (PL-SP). A publicação também afirma que o pleito é central para o futuro da Amazônia e destaca que o atual presidente cortou o financiamento de agências de fiscalização ambiental e desacreditou dados sobre a destruição da floresta em seu governo. "Lula fez campanha com a promessa de erradicar a mineração e a extração ilegal de madeira e disse que pressionaria os agricultores a usar áreas da floresta que já haviam sido desmatadas", diz o jornal estadunidense. O argentino Página/12, por sua vez, afirma em seu título que "Lula ganhou, mas Bolsonaro resistiu e haverá segundo turno". A publicação também destacou a falha das pesquisas da opinião e que isso explicaria a "inquietação" dos petistas com o resultado eleitoral.