Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Jornais internacionais destacam eleição no Brasil

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Segunda, 03 de Outubro de 2022 às 09:42, por: CdB

Washington Post destacou que a "eleição presidencial profundamente polarizadora" colocou "populistas de extremos opostos do espectro político" frente a frente, com a "direita" de Bolsonaro e a "esquerda" com o ex-presidente Lula (PT).

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

Os jornais estrangeiros estão de olho na disputa eleitoral brasileira. Em textos sobre o primeiro turno da disputa, o destaque foi para a falha dos institutos de pesquisa em prever os votos recebidos por Jair Bolsonaro (PL), a polarização e a surpresa de parte do eleitorado de esquerda com o resultado.
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Apoiadora de Bolsonaro em Brasília
Washington Post destacou que a "eleição presidencial profundamente polarizadora" colocou "populistas de extremos opostos do espectro político" frente a frente, com a "direita" de Bolsonaro e a "esquerda" com o ex-presidente Lula (PT). "A eleição chamou a atenção global como o mais novo local para a luta mundial entre democracia e autoritarismo. Ela é observada particularmente de perto nos Estados Unidos, onde a política é similarmente polarizada", diz o jornal dos EUA. "O Brasil agora entra em um período de quatro semanas potencialmente desestabilizador, à medida que o campo de 11 candidatos desmorona apenas para Lula e Bolsonaro." O New York Times destaca no título que Bolsonaro superou as previsões das pesquisas e que a atual eleição é vista como "a mais importante em décadas na maior nação da América Latina". "Governadores e legisladores apoiados por Bolsonaro também superaram as pesquisas, vencendo muitas de suas disputas", diz o jornal que destaca as eleições do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL), e dos deputados federais Ricardo Salles (PL-SP) e Eduardo Pazuello (PL-SP). A publicação também afirma que o pleito é central para o futuro da Amazônia e destaca que o atual presidente cortou o financiamento de agências de fiscalização ambiental e desacreditou dados sobre a destruição da floresta em seu governo. "Lula fez campanha com a promessa de erradicar a mineração e a extração ilegal de madeira e disse que pressionaria os agricultores a usar áreas da floresta que já haviam sido desmatadas", diz o jornal estadunidense. O argentino Página/12, por sua vez, afirma em seu título que "Lula ganhou, mas Bolsonaro resistiu e haverá segundo turno". A publicação também destacou a falha das pesquisas da opinião e que isso explicaria a "inquietação" dos petistas com o resultado eleitoral.

Otimismo redobrado

"Sem comemorações ostensivas, mas com otimismo redobrado, Lula venceu o primeiro turno contra Jair Bolsonaro com pouco mais de cinco por cento de diferença, mas não foi suficiente para evitar o segundo turno. Esse era seu objetivo", diz o jornal da Argentina. "Mesmo que o líder petista vença confortavelmente no segundo turno, também não terá um governo tranquilizador, com minoria no Senado e entre os deputados." O Página/12 também publicou artigo de opinião em que destaca a eleição de aliados de Bolsonaro e diz que o Brasil terá "um Congresso que continuará atormentado por aberrações". "A verdade é que em todo o mapa brasileiro o que se viu foi um crescimento furioso ou a confirmação de uma base ampla e aparentemente sólida que oscila entre a direita e a extrema direita", diz o artigo.
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