A representação brasileira em Israel perde, dessa forma, um ministro de primeira classe. Fontes do Palácio do Planalto disseram ao colunista Igor Gadelha, do site brasiliense de notícias ‘Metrópoles’, que Lula tende a deixar a embaixada de Tel Aviv apenas com um diplomata com nível hierárquico menor. O encarregado de negócios no país, ministro conselheiro Fábio Farias, permanecerá no comando da embaixada, por enquanto.
12h39 – de Brasília
O governo brasileiro oficializou a remoção de seu embaixador de Israel Frederico Meyer, que havia retornado a Tel Aviv no último dia 24 depois de três meses no Brasil. Ele vai assumir o cargo de representante especial do país junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
A representação brasileira em Israel perde, dessa forma, um ministro de primeira classe. Fontes do Palácio do Planalto disseram ao colunista Igor Gadelha, do site brasiliense de notícias ‘Metrópoles’, que Lula tende a deixar a embaixada de Tel Aviv apenas com um diplomata com nível hierárquico menor. O encarregado de negócios no país, ministro conselheiro Fábio Farias, permanecerá no comando da embaixada, por enquanto.
‘Emboscada’
Segundo diplomatas brasileiros, o embaixador Frederico Meyer foi alvo de uma “emboscada” por parte do governo israelense após ter sido convocado para prestar explicações sobre a declaração em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto. “Em uma tentativa de intimidação, expuseram Meyer ao chanceler israelense falando em hebraico, sendo que Meyer não fala o idioma”, escreveu Gadelha.
Durante o encontro, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que o presidente Lula era ‘persona non grata’ no país até que se retratasse das declarações, o que não acontecerá em qualquer momento. Além disso, o embaixador israelense usou um microfone para expor o diplomata brasileiro.
O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpetrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino.