As ações bélicas deixaram mais de 70 mortos no Líbano, incluindo o comandante de operações do grupo xiita, Ibrahim Aqil, mas também crianças e civis. “Israel pagará um preço por essa loucura”, respondeu o Hezbollah, nesta tarde.
Por Redação, com agências internacionais – de Beirute
A Força Aérea de Israel voltou a bombardear a capital libanesa, neste sábado, em uma nova onda de ataques contra o grupo xiita Hezbollah e atingiu mais de 100 alvos ligados à milícia. Em resposta, o Hezbollah disparou cerca de 25 mísseis em direção ao norte israelense, a maioria deles abatido pelo sistema de defesa antiaérea do país, que fechou o espaço aéreo na região por 24 horas.
Os ataques representam uma nova escalada de Israel contra o Hezbollah, após as explosões de milhares de pagers e walkie-talkies ao longo da semana e o bombardeio contra Beirute na véspera. As ações bélicas deixaram mais de 70 mortos no Líbano, incluindo o comandante de operações do grupo xiita, Ibrahim Aqil, mas também crianças e civis.
“Israel pagará um preço por essa loucura”, respondeu o Hezbollah, nesta tarde.
Forças especiais
Outra baixa importante para a milícia foi Ahmed Wahbi, também vítima dos ataques ocorridos na véspera, e que supervisionou as operações das forças especiais Radwan até o início do ano. Aqil será substituído no comando operacional do Hezbollah por Ali Karaki e Talal Hamia, ambos integrantes do Conselho da Jihad, máximo órgão militar do grupo.
Paralelamente, o Hamas acusou Israel de realizar um “massacre terrível” e matar pelo menos 21 pessoas em uma escola na Cidade de Gaza, incluindo 13 crianças, seis mulheres e um recém-nascido de três meses entre as vítimas.
O colégio Al-Zaytoun servia de abrigo para deslocados pelo conflito na Faixa de Gaza, mas o Exército israelense alega que os alvos eram “terroristas”. Até o momento, a guerra no enclave já matou mais de 41 mil pessoas, em sua maioria civis. O conflito foi deflagrado em 7 de outubro de 2023, após as mortes de 1,2 mil israelenses – também civis em sua maioria – em atentados do Hamas.