Desde que Israel lançou seus primeiros ataques contra o programa nuclear do Irã, em 13 de junho, funcionários da AIEA perderam o acesso a essas instalações, e o regime em Teerã ameaça agora encerrar completamente a cooperação com a agência.
Por Redação, com Reuters – de Nova York, NY-EUA
O Irã pode voltar a enriquecer urânio “em questão de meses”, apesar das quase duas semanas de intensos bombardeios contra seu programa nuclear e da garantia dada pelo presidente norte-americano Donald Trump de que ele havia sido atrasado em anos.

O alerta partiu do chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, em entrevista à emissora norte-americana de TV CBS News, neste domingo.
— A capacidade que eles têm está lá. Eles podem ter, em questão de meses, eu diria, algumas cascatas de centrífugas em funcionamento e produzindo urânio enriquecido — afirmou o chefe da divisão da ONU que zela pelo controle de armas nucleares.
Teerã
Desde que Israel lançou seus primeiros ataques contra o programa nuclear do Irã, em 13 de junho, funcionários da AIEA perderam o acesso a essas instalações, e o regime em Teerã ameaça agora encerrar completamente a cooperação com a agência.
Ainda há incerteza sobre a real extensão dos danos causados por um bombardeio norte-americano na semana passada contra três plantas nucleares – Fordo, Natanz e Isfahan. Relatórios da inteligência norte-americana vazados a jornalistas sugerem que eles não teriam sido tão grandes assim, e que Teerã teria conseguido salvar centrífugas e parte de seu estoque de urânio enriquecido.
— Para ser sincero, não dá para dizer que tudo desapareceu e que não há mais nada ali — resumiu Grossi à CBS.