Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Investigação sobre fortuna de Guedes vai adiante, no MPF

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Terça, 22 de Março de 2022 às 11:28, por: CdB

A representação encaminhada à Justiça Federal e entregue no dia 17 de novembro de 2021, também foi assinada pelos deputados Lídice da Mata (PSB-BA), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Kim Kataguiri (Podemos – SP).  O deputado Elias Vaz descobriu, à época, que a filha de Guedes continua como diretora da empresa, o que caracterizaria conflito direto de interesses.

Por Redação - de Brasília
Em resposta à representação do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), o Ministério Público Federal (MPF) notificará nas próximas horas o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que explique por que omitiu na Declaração Confidencial de Informações enviada à Comissão de Ética Pública que sua filha e esposa são sócias na offshore Dreadnoughts International, nas Ilhas Virgens Britânicas, com patrimônio estimado em R$50 milhões.
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Ministro da Economia, Paulo Guedes terá que responder sobre conta em paraíso fiscal
A representação, entregue no dia 17 de novembro de 2021, também foi assinada por Lídice da Mata (PSB-BA), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Kim Kataguiri (Podemos – SP).  O deputado Elias Vaz descobriu na época que a filha de Guedes continua como diretora da empresa, o que caracterizaria conflito de interesses. — Guedes mentiu ao dizer que não tinha familiares em nenhuma empresa que pudesse configurar conflito de interesses. Ele disse que deixou a direção da offshore em dezembro de 2018, mas não falou que a filha continuou como diretora. Essa empresa está sob suspeita de ter recebido informações privilegiadas — afirmou.

Fiador

Guedes também violou o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, instituído em 2000, que proíbe funcionários do alto escalão de manter aplicações financeiras que sejam afetadas por políticas governamentais. A proibição não se refere a toda e qualquer política oficial, mas àquelas sobre as quais “a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função”. Em janeiro de 2019, cinco anos depois de abrir a offshore e depositar US$ 9,54 milhões, Guedes virou o principal fiador do governo Bolsonaro e assumiu o cargo de ministro da Economia.
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