Rio de Janeiro, 07 de Maio de 2025

Investigação revela 'graves violações' em encontros com Johnson durante confinamento

Gray interrogou mais de 16 funcionários do governo que supostamente teriam participado das reuniões durante 20 meses entre 2020 e 2021, durante períodos em que o Reino Unido estava seguindo as restrições de um forte confinamento.

Segunda, 31 de Janeiro de 2022 às 09:58, por: CdB

Gray interrogou mais de 16 funcionários do governo que supostamente teriam participado das reuniões durante 20 meses entre 2020 e 2021, durante períodos em que o Reino Unido estava seguindo as restrições de um forte confinamento.

Por Redação, com Sputnik - de Londres

Um documento de 12 páginas foi divulgado nesta segunda-feira, dando poucos detalhes sobre o escândalo "partygate", eventos que aconteceram em prédios oficiais do Reino Unido.

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Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson

– Aconteceram falhas de liderança e julgamento por diferentes partes da residência oficial e do Gabinete em diferentes momentos. Alguns dos eventos não deveriam ter sido autorizados. Outros eventos não deveriam ter sido permitidos se desenvolverem da forma que foram – disse Sue Gray, a funcionária do governo responsável por escrever o relatório.

Durante as 12 páginas do relatório, Gray evitou especificar qualquer tipo de acusação direta ao primeiro-ministro Boris Johnson.

Gray interrogou mais de 16 funcionários do governo que supostamente teriam participado das reuniões durante 20 meses entre 2020 e 2021, durante períodos em que o Reino Unido estava seguindo as restrições de um forte confinamento.

Entre as regras vigentes à época estavam o fechamento de bares e restaurantes, a proibição de visitas a parentes doentes em hospitais e encontros ou reuniões com mais de seis pessoas.

– Em alguns momentos parecia haver muito pouca preocupação com o que estava acontecendo em todo o país, considerando se eram ou não apropriadas algumas dessas reuniões – escreveu Gray no relatório.

Ambiente profissional

A relatora salientou no documento que "o consumo excessivo de álcool em ambiente profissional nunca é apropriado". Ela também afirmou que "todo o país aceitou o desafio (de combater o covid-19)" e que "ministros, conselheiros e os servidores públicos" foram "parte-chave do esforço nacional".

A funcionária justificou a falta de detalhes no relatório dizendo que a Polícia Metropolitana havia pedido para ela não dar detalhes sobre as datas em que aconteceram as reuniões, nem outras informações que poderiam vir a prejudicar as investigações em andamento.

– Eles me disseram que só seria apropriado fazer referências mínimas às reuniões nas datas em que eles estão investigando – explicou Sue Gray.

Ela completou ainda dizendo que o governo não deveria esperar pelo seu relatório completo de 70 páginas ou pelos resultados das investigações policiais para agir.

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