Ao se posicionar como o principal fiador da compra do Master pelo BRB, Rocha fortaleceu os adversários da atual vice e pré-candidata ao governo local, Celina Leão (PP).
Por Redação – de Brasília
A operação da Polícia Federal (PF) contra o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB) entregou ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha(MDB), a crise mais grave desde o início de sua gestão, conforme avaliam parlamentares de seu campo político.
Ao se posicionar como o principal fiador da compra do Master pelo BRB, Rocha fortaleceu os adversários da atual vice e pré-candidata ao governo local, Celina Leão (PP); além de complicar sua própria eleição ao Senado, na visão de políticos locais.
Parlamentares próximos ao governador também disseram a colunistas da mídia brasiliense, nesta quarta-feira, que Ibaneis contratou para si o que pode ser a primeira grande Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) desde os ataques golpistas do 8 de Janeiro.
Escândalo
Deputados distritais do PT, do PSOL e do PSB reuniram, nas últimas horas, sete das oito assinaturas necessárias para a instalação da CPI e dizem esperar que a pressão pública consiga constranger a robusta base de apoio do governador na Câmara Legislativa.
Com trânsito livre no Judiciário, 17 dos 24 distritais na base e a demissão sumária de secretários que se tornavam alvo de investigação, o emedebista tinha conseguido se distanciar de escândalos em sua gestão desde o primeiro mandato. No caso do Banco Master, no entanto, apesar da movimentação rápida, parlamentares ressaltam que o governador defendeu pública e reiteradamente a compra do banco pelo BRB e acusou a oposição de tentar atrapalhar o negócio por motivos meramente políticos.
— O governador do DF era o padrinho dessa operação — resumiu o ex-governador e deputado Rodrigo Rollemberg (PSB).
