Rio de Janeiro, 06 de Dezembro de 2025

Interrogatório de Salles sobre caso de contrabando tem data marcada

Deputado Ricardo Salles e 19 réus serão ouvidos pelo STF entre 9 e 12 de dezembro em caso de contrabando de madeira. Entenda os detalhes.

Segunda, 17 de Novembro de 2025 às 20:24, por: CdB

Além do ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PL), outros 19 réus serão ouvidos pela Corte entre 9 e 12 de dezembro.

Por Redação – de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes definiu para 9 de dezembro o interrogatório do deputado Ricardo Salles (Novo-SP), denunciado por supostamente favorecer o envio irregular de produtos florestais ao exterior. A oitiva integra uma série de depoimentos previstos na ação que apura crimes ligados ao contrabando de madeira.

Interrogatório de Salles sobre caso de contrabando tem data marcada | Parceiro de madereiros ilegais, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) responde a processo no STF
Parceiro de madereiros ilegais, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) responde a processo no STF

Além do ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PL), outros 19 réus serão ouvidos pela Corte entre 9 e 12 de dezembro. Entre eles está o ex-presidente do Ibama Eduardo Bim; além de servidores ligados à autarquia ambiental. O cronograma inclui ainda o depoimento de testemunhas de acusação e defesa, marcado para o período de 1º a 5 de dezembro.

 

Notícia-crime

A investigação teve início após uma notícia-crime apresentada em maio de 2020 por parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro. A iniciativa se baseou no vídeo de uma reunião ministerial realizada um mês antes, em que Salles defendia aproveitar a distração da imprensa com a pandemia de Covid-19 para acelerar mudanças infralegais na área ambiental.

Os fatos começaram a ser apurados pela Polícia Federal (PF) em 2021, no âmbito da ‘Operação Akuanduba’. De acordo com manifestação da Procuradoria-Geral da República, as investigações apontaram uma suposta articulação de servidores indicados por Salles para cargos de confiança no Ministério do Meio Ambiente para favorecer interesses privados de empresas madeireiras.

Os denunciados respondem a acusações como corrupção passiva, advocacia administrativa, organização criminosa e facilitação de contrabando.

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