O percentual chega a quase o dobro da aferição, na média do indicador, que acumulou alta de 8,13% no mesmo período. O índice oficial de inflação do país é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também calculado pelo IBGE. O IPCA-15, anteriormente divulgado, sinaliza uma tendência para os preços.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Com os preços dos combustíveis e da energia elétrica mais pesados, no cálculo da inflação, os transportes subiram 15,29% no acumulado em 12 meses até junho, segundo prévia divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior variação entre os nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).
O percentual chega a quase o dobro da aferição, na média do indicador, que acumulou alta de 8,13% no mesmo período. O índice oficial de inflação do país é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também calculado pelo IBGE. O IPCA-15, anteriormente divulgado, sinaliza uma tendência para os preços.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 4,13% no ano e de 8,13% em 12 meses. A taxa trimestral do indicador, também chamada de IPCA-E, foi de 1,88%. Em junho, a inflação foi puxada principalmente pelos transportes, que registraram inflação de 1,35% no mês. A gasolina, com uma alta de preços de 2,86% no mês foi um dos itens que mais influenciou a inflação de junho. Também foi observado aumento de custo de outros combustíveis: gás veicular (12,41%), etanol (9,12%) e óleo diesel (3,53%).
Despesas
Ainda no grupo Transportes, além da gasolina, o IBGE apurou aumentos do gás veicular (12,41%), do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%). Tanto o automóvel novo (0,47%) como o usado (0,80%) tiveram aumento, com impacto de 0,03 ponto na taxa geral. Já as passagens aéreas caíram 5,63%. Com reajuste no Rio de Janeiro, a tarifa do metrô subiu 4,14%, enquanto o ônibus urbano variou 0,16%, com reajuste em Salvador.
Outra alta importante em junho veio da energia elétrica, que ficou 3,85% mais cara no mês, e levou a inflação do grupo de despesas habitação para 1,67%. O terceiro impacto mais importante do IPCA-15 de junho veio dos alimentos, que tiveram uma alta de preços de 0,41%. A inflação do grupo foi mais moderada do que no mês anterior (0,48%).
Os demais grupos de despesa tiveram as seguintes taxas: saúde e cuidados pessoais (0,53%), artigos de residência (1,38%), vestuário (0,88%), despesas pessoais (0,32%), comunicação (0,15%) e educação (0,03%).
Alimentos
A maior elevação entre os grupos foi de Habitação (1,67%), com impacto de 0,26 ponto no resultado mensal. O IBGE aponta o aumento de 3,85% na energia elétrica (0,17 ponto), “com alta influenciada pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2”.
O grupo Alimentação e Bebidas subiu um pouco menos (de 0,48%, em maio, para 0,41%). O IBGE destaca queda nos preços de itens como frutas (-6,44%), batata inglesa (-9,41%), cebola (-10,32%) e arroz (-1,91%). Mas as carnes seguem em alta (1,14%). Também aumentaram o leite longa vida (2,57%) e o queijo (1,99%).
Comer fora ficou bem mais caro (1,08%). A refeição fora do domicílio subiu 0,86% (0,16% em maio) e o lanche, 1,67% (0,72%).
Em Habitação, outro aumento foi da taxa de água e esgoto: 2,45%. Houve elevação de tarifas em São Paulo e Curitiba, e queda em Brasília. Segundo o IBGE, o gás encanado subiu 5,20%, com aumento no Rio, Curitiba e São Paulo.
E o grupo Saúde e Cuidados Pessoais também subiu menos em junho (0,53%), com alta de 0,68% dos produtos farmacêuticos. No mês anterior, os medicamentos haviam subido 2,98%, com correção de preços autorizada. Ainda nesse grupo, itens de higiene pessoal aumentaram 0,37%.