Alcolumbre tem dito a interlocutores que seu objetivo é acelerar o procedimento assim que Lula fizer a indicação, e seguirá o mesmo ritmo que ocorreu no caso de Cristiano Zanin. O ex-advogado de Lula e hoje ministro do STF teve sua nomeação aprovada pelo Senado apenas 20 dias após ser oficialmente escolhido pelo presidente.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e responsável por agendar as sabatinas dos indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tranquilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que não planeja prolongar o processo de aprovação do indicado para substituir a ministra aposentada Rosa Weber.
Alcolumbre tem dito a interlocutores que seu objetivo é acelerar o procedimento assim que Lula fizer a indicação, e seguirá o mesmo ritmo que ocorreu no caso de Cristiano Zanin. O ex-advogado de Lula e hoje ministro do STF teve sua nomeação aprovada pelo Senado apenas 20 dias após ser oficialmente escolhido pelo presidente.
Já no governo Bolsonaro (PL), o senador utilizou seu poder de agendar a pauta da CCJ para atrasar a sabatina do ministro André Mendonça. Na ocasião, Mendonça aguardou quatro meses antes de ser aprovado na CCJ.
Debate
Mas, a boa vontade da Casa com o STF termina por aí. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), até agora considerado um dos principais mediadores entre o Congresso e o Judiciário, Pacheco passou a apoiar a agenda anti-STF da oposição.
Pacheco revelou a seus aliados que a decisão da agora ex-ministra Rosa Weber de incluir na pauta a descriminalização do aborto em setembro o levou a não conseguir mais conter a crescente influência da agenda conservadora que ganhou força no Congresso durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Há, no entanto, segundo observadores um interesse político mais imediato de Pacheco, que busca se aproximar ativamente do grupo conservador, no Senado, que se opõe ao governo Lula (PT).