A apuração, divulgada nesta segunda-feira, é compartilhada por dirigentes conservadores e também por aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Por Redação – de Brasília
O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), sentenciado a mais de 20 anos de prisão em regime fechado, deve adiar a decisão sobre seu apoio a qualquer candidato ao Palácio do Planalto até julho de 2026, praticamente às vésperas do início oficial da campanha. A análise consta de nota na coluna do jornalista Gustavo Uribe, na página do canal norte-americano de TV CNN Brasil.

A apuração, divulgada nesta segunda-feira, é compartilhada por dirigentes conservadores e também por aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo os próceres da direita e da ultradireita, a demora de Bolsonaro cria incertezas e trava os planos de Tarcísio, que avalia permanecer na esfera atual como governador paulista caso não receba apoio formal para disputar a Presidência da República.
Enquanto o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, se diz a favor que o anúncio seja feito ainda em dezembro, a família de Bolsonaro tem resistido à antecipação. Nos bastidores, aliados afirmam que os filhos do ex-mandatário influenciam a estratégia de segurar a decisão, movimento que contaria com a anuência do próprio Bolsonaro.
Novo cenário
A avaliação é que um anúncio precoce poderia fragilizar a articulação do PL no Congresso em torno da proposta de anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, além de afetar a defesa internacional de Bolsonaro, que vem recebendo apoio de integrantes do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Tarcísio de Freitas já admitiu, em conversas reservadas, que só seria candidato ao Planalto com o apoio explícito de Bolsonaro.