Para o economista da consultora, Luiz Rabi, a interrupção na queda das taxas de juros, que vinha se mantendo estável, pode contribuir para a permanência da alta inadimplência, principalmente para as dívidas de longo prazo.
Por Redação, com ACS – de São Paulo
A negativação dos negócios continuou estável no país, com 6,9 milhões de CNPJs no vermelho, de acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian divulgado nesta terça-feira. Esse total representa 30,8% das companhias existentes no Brasil, revelando uma queda de 0.4 ponto percentual em relação ao dado de junho, em comparação com julho.
Ainda sobre julho deste ano, cada CPNJ inadimplente registrou, em média, 7 dívidas. Quando somadas, as mais de 6,9 milhões de dívidas registradas chegaram a totalizar cerca de R$ R$ 147,1 bilhões.
Para o economista da consultora, Luiz Rabi, a interrupção na queda das taxas de juros, que vinha se mantendo estável, pode contribuir para a permanência da alta inadimplência, principalmente para as dívidas de longo prazo.
Débitos
Ainda em julho, a análise por Unidade Federativa (UF) revelou que Alagoas foi o Estado com a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 42,4% das companhias com os CNPJs no vermelho. Em segundo lugar ficou Maranhão (40,0%), seguido por Roraima (38,0%), Amapá (37,4%) e Distrito Federal (37,1%). Veja no gráfico abaixo as informações na íntegra:
Dentre as mais de 6,9 milhões de companhias negativadas, 6,5 são micro e pequenos negócios. Considerando apenas as empresas desses portes, existiam mais de 45,2 milhões de dívidas e a soma desses débitos totalizava R$ 126,4 bilhões.
— Os empreendimentos de portes menores são, naturalmente, mais impactados pelas dificuldades financeiras, já que possuem menor fôlego no fluxo de caixa e pouca reserva emergencial — resumiu Rabi.