Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Homenagem a presidente do Brasil nos EUA fica cada vez mais esvaziada

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Quinta, 02 de Maio de 2019 às 14:45, por: CdB

Após a desistência da Delta Airlines e a Bain & Companye, o diário norte-americano Financial Times (FT) também anunciou, nesta quinta-feira, a retirada do patrocínio ao evento. A informação é do jornal britânico The Guardian.

 
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, NY - EUA
  Aumenta, exponencialmente, a campanha de boicote promovida principalmente pelo movimento LGBT norte-americano, contra o mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro. Movimentos de Direitos Humanos, nos EUA, têm realizado um massivo boicote corporativo ao evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA, que visa homenagear o integrante da ultradireita fascista.
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Presidente Jair Bolsonaro é motivo de preocupação para museu de Nova York
Após a desistência da Delta Airlines e a Bain & Companye, o diário norte-americano Financial Times (FT) também anunciou, nesta quinta-feira, a retirada do patrocínio ao evento. A informação é do jornal britânico The Guardian. A preocupação das empresas, segundo o diário, é resultado da forte campanha de ativistas dos direitos LGBT, que apontaram que a homenagem pode associar as marcas às declarações homofóbicas e racistas de Bolsonaro. Bolsonaro receberia o prêmio de "Pessoa do Ano”, mas os protestos levaram, inicialmente, à mudança de local para o jantar, que aconteceria no Museu de História Natural. Por decisão da administração do próprio museu, o local foi cancelado.

Pária

Nesta manhã, o porta-voz do FT confirmou que deixaria de ser um parceiro da cerimônia de homenagem a Bolsonaro. A reportagem do The Guardian lembra que Bolsonaro já havia dito que "preferia que seu filho morresse a ser gay e que casais do mesmo sexo que vivem em um prédio de apartamentos podem causar a queda dos preços das casas”. "Bolsonaro conseguiu se tornar ‘quase um pária’, segundo um ex-embaixador do Brasil nos EUA", destaca o jornal britânico. Sarah Kate Ellis, diretora executiva da GLAAD, movimento LGBT, disse que sua organização continuará a fazer campanha contra as empresas associadas à homenagem de Bolsonaro. — É imperativo que as empresas e organizações associadas a este evento compreendam o notório registro anti-LGBTQ e a retórica do presidente brasileiro e apoiem as pessoas LGBTQ no Brasil e em todos os lugares, retirando seu apoio. Sua marca de ativismo anti-LGBTQ está prejudicando ativamente os LGBTQ brasileiros e as empresas que sediarem ou participarem dessa celebração dele precisam tomar uma posição — concluiu.
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