Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Hezbollah alerta para risco total à navegação no Mar Vermelho

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Domingo, 14 de Janeiro de 2024 às 13:24, por: CdB

O Hezbollah, fundado no início da década de 1980 no Líbano, tem o apoio popular entre a grande população xiita do Líbano, está profundamente envolvido na política do Líbano e tem interesses econômicos substanciais.


Por Redação, com agências internacionais - de Londres e Roma

Grupo libanês apoiado pelo Irã, o Hezbollah disse em nota pública, neste domingo, que os EUA estão enganados se acreditaram que os Houthis, do Iêmen, deixariam de confrontar Israel no Mar Vermelho e alerta que as ações norte-americanas na região colocaram em perigo toda a navegação marítima.

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A presença da frota norte-americana no Mar Vermelho visa garantir a segurança da navegação


O Hezbollah descreve os ataques dos EUA e da Grã-Bretanha ao Iêmen como “um ato de estupidez”. Líder do grupo armado, Sayyed Hassan Nasrallah disse a jornalistas que os Houthis continuariam a atacar os navios de suprimentos com direção a Israel, segundo a agência inglesa de notícias Reuters.

— O mais perigoso é que o que os norte-americanos fizeram no Mar Vermelho prejudicará toda a navegação marítima, mesmo os navios que não vão para a Palestina, mesmo os navios que não são israelitas, mesmo os navios que nada têm a ver com o assunto, porque o mar tornou-se um teatro de combates, mísseis, drones e navios de guerra. A segurança foi interrompida — assegura.

O Hezbollah, fundado no início da década de 1980 no Líbano, tem o apoio popular entre a grande população xiita do Líbano, está profundamente envolvido na política do Líbano e tem interesses econômicos substanciais. Em linha com as afirmações de Hasrallah, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou que a situação no Mar Vermelho é “extremamente complicada”.

 

Missão militar


Na tentativa de controlar a situação em uma das principais rotas marítimas do planeta, Tajani acrescentou que está empenhado em lançar uma missão militar ao lado da França, na região.

— É complicada porque gera perigo para o tráfego comercial marítimo internacional. Condenamos, desde o início, os ataques a navios mercantes. Não participamos da missão militar que atacou as bases houthis. No entanto, estamos empenhados em dar vida a uma missão militar europeia e já colocamos, juntos com a França, na ordem do dia da próxima reunião de ministros da União Europeia — afirmou.

David Cameron, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, por sua vez, negou que os ataques perpetrados ao lado dos EUA causaram uma escalada do conflito.

— A escalada foi causada pelos houthis. Eles pioraram e, você sabe, não agir também é uma política, mas é uma política que não funciona. É difícil pensar em um momento em que tenha havido tanto perigo, insegurança e instabilidade no mundo — desconversa o britânico.

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