Rio de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2025

Hamas e Jihad Islâmica libertam mais oito reféns em meio a multidão

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Quinta, 30 de Janeiro de 2025 às 11:23, por: CdB

A primeira pessoa a ser solta nesta quinta-feira foi a soldado Agam Berger, 20 anos, última mulher militar em poder do Hamas e entregue à Cruz Vermelha depois de ser exibida em um palco em Jabalia.

Por Redação, com ANSA – de Gaza

Os grupos fundamentalistas Hamas e Jihad Islâmica libertaram nesta quinta-feira mais oito reféns sequestrados em Israel nos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023, como parte do acordo de cessar-fogo que paralisou o conflito na Faixa de Gaza em 19 de janeiro.

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Arbel Yehud cercada por militantes do Hamas e da Jihad Islâmica em Khan Younis

A primeira pessoa a ser solta nesta quinta-feira foi a soldado Agam Berger, 20 anos, última mulher militar em poder do Hamas e entregue à Cruz Vermelha depois de ser exibida em um palco em Jabalia, no norte do enclave, ao lado de milicianos armados do Hamas. Ela ainda foi forçada a posar para fotos com um certificado emoldurado.

Berger havia sido raptada no posto de observação de Nahal Oz, na fronteira com Gaza, ao lado das também militares Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, que foram libertadas no último sábado. A soldado está agora na base militar de Re’im, onde reencontrou familiares após quase 500 dias em cativeiro.

Algumas horas depois, a Jihad Islâmica, aliada do Hamas, entregou os israelenses Arbel Yehud, mulher civil de 29 anos, e Gadi Moses, 80, primeiro homem libertado no âmbito do cessar-fogo, em Khan Younis, no sul de Gaza, além de cinco tailandeses sequestrados nos atentados de 7 de outubro.

A entrega dos reféns para a Cruz Vermelha ocorreu perto dos destroços da casa de Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel em outubro passado, e em meio a uma multidão ensandecida, com gritos, assobios e vaias, o que irritou o governo do premiê Benjamin Netanyahu.

– São muito graves as imagens chocantes da libertação de nossos reféns. Essa é mais uma prova da crueldade impensável da organização terrorista Hamas. Exijo que os mediadores assegurem que tais imagens não se repitam e garantam a segurança dos reféns – declarou o primeiro-ministro.

Prisioneiros palestinos

Em seguida, Netanyahu determinou o adiamento da libertação de 110 prisioneiros palestinos em troca dos reféns desta quinta. Em nota, o governo afirmou que não vai soltar os “terroristas” enquanto “não for garantida uma libertação segura dos reféns nas próximas fases”. “Israel pede aos mediadores que obtenham essa garantia”, disse o comunicado.

A primeira fase do cessar-fogo prevê a libertação de um total de 33 reféns, sendo que oito deles estariam mortos. Até o momento, o Hamas e a Jihad islâmica soltaram 10 israelenses e cinco tailandeses – estes últimos haviam sido raptados em um kibutz onde trabalhavam em lavouras.

A próxima troca de reféns por prisioneiros está prevista para este sábado e deve incluir três homens vivos, cujos nomes devem ser divulgados nesta sexta.

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