Rio de Janeiro, 14 de Junho de 2025

Haddad descobre ‘caixa preta’ bilionária em renúncias fiscais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destaca a 'caixa preta' de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais e os impactos da reforma tributária no Brasil.

Segunda, 26 de Maio de 2025 às 17:40, por: CdB

O ministro acrescentou que a reforma tributária, aprovada recentemente no Congresso, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios no país.

Por Redação – do Rio de Janeiro

Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira, que o Brasil tem uma “caixa-preta” de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais.

Haddad descobre ‘caixa preta’ bilionária em renúncias fiscais | Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad

— Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menor para todo mundo, a gente resolve escolher os campeões nacionais que levam o grosso do Orçamento. Aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé — disse o ministro, durante palestra em um seminário na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Centro da Cidade.

O ministro acrescentou que a reforma tributária, aprovada recentemente no Congresso, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios no país.

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— Começando pelo fato de que a desoneração do investimento vai ser de 100%, A desoneração da exportação vai ser de 100%, a guerra fiscal vai acabar entre os estados, inclusive a guerra fiscal dos estados com a União também vai acabar, em benefício do bom empresário — afirmou.

Equilíbrio

Em seu discurso, Haddad afirmou que a carga tributária do país hoje é menor que há 10 anos.

— Temos desafios a enfrentar, sobretudo em relação ao equilíbrio orçamentário — pontuou o ministro.

Haddad ressaltou que o atual governo assumiu, em 2023, com um déficit primário estrutural de 2%.

— Com apoio de parte do Congresso, estamos conseguindo avançar no sentido de estabilizar o Orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria voltar a se desenvolver — observou Haddad.

Arrecadação

Ainda segundo o ministro, o governo tem até o fim desta semana para decidir como compensará a arrecadação que o Executivo deixará de levantar com o recuo em parte dos aumentos das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Haddad disse também que o governo definirá se a compensação ocorrerá com mais contingenciamento ou com substituições, sem fornecer mais informações sobre as duas alternativas.

— Nós temos até o final da semana para decidir como compensar, se com mais contingenciamento ou com alguma substituição. Até o final da semana, nós vamos tomar essa decisão — concluiu o ministro.

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