Adversários do governador tucano João Doria, Alckmin (PSDB) e Haddad (PT) conversam sobre um pacto para a eleição ao governo paulista, em que ambos devem ser candidatos. Alckmin anunciou que pretende mudar de partido. Ainda segundo o provável candidato ao Palácio dos Bandeirantes, é preciso “olhar o tabuleiro todo”.
Por Redação - de São Paulo
Após o novo encontro com o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, o professor universitário, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) falou na noite passada ao programa Entre Vistas, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, pela TVT, e revelou seu interesse em compor com a centro-direita na eleição para o governo do Estado.
— O PT deve olhar a situação concreta de cada Estado. Quando se fala em Congresso está se falando em 27 unidades da federação. Temos de ter uma bancada forte na Câmara e no Senado para respaldar as mudanças que Lula precisará fazer para recuperar o país — afirmou Haddad.
Ainda segundo o provável candidato ao Palácio dos Bandeirantes, é preciso “olhar o tabuleiro todo e para cada quadradinho desse tabuleiro”.
— Vamos olhar onde o PT tem condições de ter um candidato competitivo e, na minha opinião, onde nós pudermos apoiar um candidato mais competitivo, ou que aglutine forças no Estado, são duas condições que precisam ser observadas caso a caso. Acho que o PT está muito consciente disso — acrescentou.
Doria
Adversários do governador tucano João Doria, Alckmin (PSDB) e Haddad (PT) conversam sobre um pacto para a eleição ao governo paulista, em 2022, em que ambos devem ser candidatos. Alckmin já anunciou que pretende mudar de partido.
Até agora, nos últimos seis meses, Alckmin e Haddad reuniram-se por duas vezes. A primeira das conversas foi intermediada por Gabriel Chalita, secretário de Educação tanto na gestão do tucano no Estado quanto na administração paulistana do petista.
O ex-governador e o ex-prefeito, dessa vez, comprometeram-se com uma campanha limpa e também fizeram projeções sobre cenários de segundo turno. Foi aventada a possibilidade de ambos estarem na etapa final da disputa e de um dos dois enfrentar o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato de Doria. Caso se confirme a segunda hipótese, a expectativa é que venham a se apoiar, mutuamente.