Nesta segunda-feira, uma arma de alto calibre utilizada no ocorrido foi abandonada em uma árvore que fica em uma rua do bairro dos Estados, próximo à sede da empresa onde os assaltantes praticaram a ação. Um especialista ouvido pela mídia disse que a arma aparenta ser um fuzil automático.
Por Redação, com Sputnik - de São Paulo
Em tentativa de assalto com materiais sofisticados como fuzis, blindados e capacetes balísticos na noite de domingo, assaltantes deixaram em uma árvore arma supostamente usada na ação. Para ministro da Justiça, episódio criminoso deve ser classificado como terrorismo.
Na madrugada de domingo para segunda-feira, 30 criminosos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, no Estado do Paraná, segundo o portal G1.
Nesta segunda-feira, uma arma de alto calibre utilizada no ocorrido foi abandonada em uma árvore que fica em uma rua do bairro dos Estados, próximo à sede da empresa onde os assaltantes praticaram a ação. Um especialista ouvido pela mídia disse que a arma aparenta ser um fuzil automático.
O fuzil é de uso restrito, segundo a Polícia Federal, e deve passar por uma perícia para identificar do que se trata o artefato. A polícia disse que, a princípio, a arma tem calibre 12 mm.
Em coletiva de imprensa também nesta manhã, a Polícia Militar informou que os criminosos estavam em oito veículos, cinco dos quais eram blindados. Eles também levavam sete fuzis e duas armas .50, que foram apreendidos.
Ainda de acordo com a corporação, os criminosos estavam equipados com mochilas de mantimentos, kits de primeiros socorros e quatro capacetes balísticos.
A PM disse que, na fuga, os assaltantes fecharam os acessos da cidade e conseguiram fugir por uma estrada rural, sentido interior do estado. O ataque foi frustrado e não houve roubo de qualquer valor em dinheiro, relatou a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Entretanto, a ação deixou feridos, pânico e clima de guerra nas ruas da pequena cidade do Sul do país. Segundo o G1, os bandidos colocaram fogo em dois veículos em frente ao batalhão da Polícia Militar para dificultar a ação dos agentes de segurança e fizeram moradores reféns.
Ao mesmo tempo, houve confronto armado, e pelo menos dois policiais foram baleados. A prefeitura informou que um morador levou um tiro no braço.
Ministro da Justiça classifica caso como 'ato de terrorismo'
O ministro da Justiça, Anderson Torres, comparou nesta segunda-feira os ataques em Guarapuava ao crime de terrorismo e defendeu mudanças na legislação brasileira para endurecer a pena nestes casos.
– Um crime gravíssimo, um crime (...) que você chega numa cidade, incendeia uma cidade, toca fogo em banco, toca fogo na polícia, que isso não causa um terror naquelas pessoas. Isso, na nossa opinião, é um tipo de terrorismo. A gente precisa realmente jogar duro com isso, porque as pessoas estão sofrendo, o povo está sofrendo, está ficando extremamente assustado com isso. E o Estado não pode permitir esse tipo de coisa – disse Torres nesta segunda-feira citado pelo G1 em declaração no Senado.
O Exército mobilizou um veículo blindado para reforçar a segurança das instalações militares da cidade, que abriga o 26º Grupo de Artilharia de Campanha, relatou a mídia.