Moradores de Paris enfrentaram problemas no deslocamento desta sexta-feira, já que funcionários do metrô entraram em greve contra a proposta do presidente Emmanuel Macron.
Por Redação, com Reuters - de Paris
Moradores de Paris enfrentaram problemas no deslocamento desta sexta-feira, já que funcionários do metrô entraram em greve contra a proposta do presidente Emmanuel Macron de reduzir seus benefícios em uma reforma da Previdência.
Dez das 16 linhas de metrô em Paris e duas grandes linhas de trens regionais foram completamente paralisadas durante o momento de pico da manhã, deixando a população com dificuldades para encontrar formas alternativas de chegar ao trabalho.
Na Gare Saint-Lazare, na região central da cidade, os passageiros desembarcavam dos trens operados pela SNCF para consultar rotas de ônibus nos telefones celulares.
Extensas filas
Extensas filas se formavam nos pontos de ônibus enquanto o trânsito congestionava ainda mais cruzamentos. Na estação de trem Gare du Nord, a mais movimentada da Europa, passageiros enfrentaram plataformas lotadas e longas esperas para as poucas linhas de metrô que circulavam com serviço reduzido.
– Estou indo a pé para o trabalho hoje e vou ficar na rua por ao menos quatro horas – disse Anthony, de 21 anos, que trabalha em um restaurante no oeste de Paris, a caminho de seu turno que terminaria por volta de meia-noite.
Sindicatos querem que a greve, que deve ser a maior desde 2007 em Paris, mande um alerta ao governo de Macron, o qual inicia a reforma mais polêmica de seu mandato: incorporar todos os 42 sistemas de aposentaria existentes na França em um único sistema baseado em pontos.
O premiê Edouard Philippe prometeu na quinta-feira que ouviria a opinião de sindicatos e do público após críticas anteriores por não o fazer.
– Os anúncios do primeiro-ministro não terão qualquer impacto. A greve foi lançada e a adesão será massiva – disse Frederic Ruiz, que comanda o sindicato CFE-CGC na empresa de transporte público de Paris, RATP.