Com o manifesto, intitulado “Democracia e Liberdade de Imprensa”, a grande mídia diz “reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e as decisões soberanas das eleições.
Por André Cintra – de Brasília
Os proprietários dos principais veículos da grande mídia lançaram, na terça-feira, um manifesto próprio para se contrapor aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas, à democracia e à liberdade de imprensa. A nota é assinada pelas três associações nacionais do setor, a Abert (emissoras de rádio e TV), a ANJ (jornais) e a Aner (revistas). Com o manifesto, intitulado “Democracia e Liberdade de Imprensa”, a grande mídia diz “reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e as decisões soberanas das eleições. O texto lembra que os pleitos no Brasil são referendados por “uma Justiça Eleitoral cuja atuação tem sido reconhecida internacionalmente”.Censurar a mídia
Diante das tentativas de Bolsonaro de censurar a mídia, as instituições patronais saem em defesa da “da atividade ampla e independente da imprensa livre no combate à desinformação que tanto mal causa às democracias”. Segundo o texto, “apenas em ambientes de liberdade política, de solidez das instituições e de pleno respeito à Constituição a missão jornalística pode ser levada aos brasileiros com a abrangência e transparência que as democracias exigem”. A nota surge no rastro de outras iniciativas pró-democracia, como a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!”. Organizado por professores da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), o documento já recebeu mais de 710 mil adesões. Do ponto de vista político, os manifestos deixam Bolsonaro ainda mais isolado.André Cintra, é jornalista.
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