Rio de Janeiro, 01 de Abril de 2025

Governo israelense avalia estender trégua em meio a incertezas sobre longo prazo

A fase inicial do acordo de cessar-fogo, elaborado com apoio dos Estados Unidos e mediadores egípcios e do Qatar, termina no próximo sábado e ainda não está claro o que acontecerá depois.

Terça, 25 de Fevereiro de 2025 às 14:58, por: CdB

A fase inicial do acordo de cessar-fogo, elaborado com apoio dos Estados Unidos e mediadores egípcios e do Qatar, termina no próximo sábado e ainda não está claro o que acontecerá depois.

Por Redação, com Reuters – de Gaza

Israel avalia estender a trégua de 42 dias em Gaza para resgatar os 63 reféns restantes em posse do Hamas à medida que adia um acordo sobre o futuro do enclave, disseram autoridades israelenses.

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Israel tenta estender trégua inicial em Gaza em meio a incertezas sobre longo prazo

A fase inicial do acordo de cessar-fogo, elaborado com apoio dos Estados Unidos e mediadores egípcios e do Qatar, termina no sábado e ainda não está claro o que acontecerá depois.

– Estamos sendo muito cautelosos – disse a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Sharren Haskel, a repórteres em Jerusalém, ao ser perguntada sobre a possibilidade de estender a trégua sem a discussão de uma segunda fase do acordo, o que incluiria questões sensíveis, como o fim definitivo da guerra e o futuro comando de Gaza.

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– Não houve um acordo específico sobre isso, mas pode ser uma possibilidade – disse ela. “Não descartamos a opção de continuar com o atual cessar-fogo, mas em troca de reféns. Eles precisam ser devolvidos em segurança”, disse Haskel.

Se não houver acordo até sexta-feira, as autoridades esperam a retomada de combates ou que a situação atual seja mantida, um cenário no qual a trégua continuaria, mas reféns não seriam liberados e Israel poderia bloquear a entrada de ajuda em Gaza.

Duas autoridades que estiveram envolvidas no processo de cessar-fogo disseram à agência inglesa de notícias Reuters que Israel e o grupo militante palestino Hamas não discutiram um acordo sobre a segunda fase da trégua, que terá que preencher grandes lacunas entre os dois lados para ser concluído.

– Acho que não é realista ver algo assim se formando em poucos dias – disse Haskel. “Isso é algo que precisa ser discutido em profundidade. Isso levará tempo.”, afirmou.

O acordo, que incluía a libertação de 33 reféns israelenses em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos e a retirada de tropas israelenses de algumas posições em Gaza, sobreviveu a vários contratempos.

Até o momento, 29 reféns israelenses, além de cinco tailandeses, foram libertados em troca de centenas de prisioneiros palestinos. Os corpos de mais quatro reféns, que inicialmente deveriam ser entregues na quinta-feira, ainda estão por vir.

Atualmente, há um impasse sobre a libertação de mais de 600 palestinos. Israel adiou a soltura dos prisioneiros ao acusar o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo ao fazer um evento público de entrega dos reféns israelenses em Gaza.

Hamas

A autoridade do Hamas Basem Naim disse que não haverá progresso enquanto os prisioneiros seguem detidos, mas que o Hamas está comprometido com um cessar-fogo permanente e com a retirada total das forças israelenses.

Haskel disse esperar que uma solução seja encontrada para garantir a entrega dos quatro últimos nos próximos dias.

Os combates em Gaza foram desencadeados por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Segundo Israel, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 foram levadas como reféns de volta a Gaza.

O ataque retaliatório israelense a Gaza matou mais de 48.000 palestinos, conforme autoridades de saúde palestinas, e devastou grande parte do enclave.

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