Uma contagem oficial mostrou que 106 membros do Parlamento de 200 assentos apoiaram a coalizão, enquanto 65 integrantes apoiaram a moção de desconfiança proposta por três partidos de oposição.
Por Redação, com Reuters - de Helsinque
O governo da Finlândia sobreviveu a uma votação de desconfiança parlamentar na sexta-feira que havia sido convocada por causa de um escândalo de racismo que tem abalado a coalizão governista desde que assumiu o cargo em junho.
Uma contagem oficial mostrou que 106 membros do Parlamento de 200 assentos apoiaram a coalizão, enquanto 65 integrantes apoiaram a moção de desconfiança proposta por três partidos de oposição. Os demais membros se abstiveram ou votaram em branco.
Poucos dias depois de assumir o poder, o governo de direita de quatro partidos estava em turbulência após a mídia finlandesa revelar que vários ministros do Partido dos Finlandeses, de extrema-direita, haviam publicado declarações no passado que foram amplamente condenadas como racistas.
Em uma tentativa de evitar o colapso, o governo concordou na semana passada com uma política para combater a intolerância e a apresentou na quarta-feira para uma discussão em plenário.
Nova política antidiscriminação
O primeiro-ministro Petteri Orpo, do Partido da Coalizão Nacional, conservador e pró-empresarial, disse acreditar que a nova política antidiscriminação do governo persuadiu o Parlamento a apoiar o gabinete.
– Estou realmente satisfeito com o fato de a confiança ter sido clara, todos puderam ver que este verão tem sido desafiador em relação a essa discussão sobre racismo – disse Orpo aos repórteres após a votação.
– O governo não aceita nenhuma forma de racismo – acrescentou.
O Parlamento votou separadamente sobre confiança na ministra das Finanças, Riikka Purra, e no ministro de Assuntos Econômicos, Wille Rydman, ambos do Partido dos Finlandeses, e eles também obtiveram apoio parlamentar.