Segunda, 18 de Fevereiro de 2019 às 10:30, por: CdB
Da última vez em que a metrópole sediou a Olimpíada, em 1964, o evento deu à cidade a oportunidade de se reformular, descartando uma reputação abalada pela guerra e mostrando uma face moderna ao mundo.
Por Redação, com Reuters - de Tóquio
A Olimpíada de 2020 pode “abrir caminho para uma nova Tóquio” e, juntamente com a Copa do Mundo de Rúgbi deste ano, deixar um legado semelhante ao dos Jogos de Verão de 1964, disse a governadora da capital japonesa, Yuriko Koike, nesta segunda-feira.
– Estes dois grandes eventos servirão como uma prancha de salto para transformar nossa cidade – afirmou ela.
– Este ano de 2019 será essencial para tornar estes Jogos um sucesso e abrir caminho para uma nova Tóquio.
– Mas a métrica para o sucesso não será limitada só à competição; queremos liderar o Japão para além de 2020, mudar a maneira como Tóquio pensa e transformar nossa sociedade – disse.
Da última vez em que a metrópole sediou a Olimpíada, em 1964, o evento deu à cidade a oportunidade de se reformular, descartando uma reputação abalada pela guerra e mostrando uma face moderna ao mundo.
Tóquio
Um boom imobiliário transformou Tóquio antes dos Jogos, o trem de alta velocidade Shinkansen começou a operar e uma classe média crescente passou a comprar geladeiras e outros utensílios domésticos, incluindo televisões para assistir à competição.
Desta vez a herança pode ser de uma natureza menos palpável.
– Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio anteriores de 1964 deixaram um legado de infraestrutura, como a Via Expressa Metropolitana de Tóquio e a rede do trem-bala de Shinkansen – disse Yuriko, ex-ministra da Defesa e do Meio Ambiente.
– Pretendo que os Jogos de Tóquio de 2020 deixem um legado mais intangível. Também pretendo que os Jogos de 2020 deixem um legado cultural e que os próprios Jogos sejam uma celebração da cultura.
Yuriko está concentrada em tornar Tóquio mais diversa e também vem pleiteando uma série de programas ambientais para que a cidade seja uma líder na luta contra a mudança climática.
Ela também vê a Paralimpíada como uma chance de tornar Tóquio, notoriamente difícil para a circulação de cidadãos e visitantes portadores de necessidades especiais, mais acessível.
– Acredito que a Paralimpíada, em particular, será um evento essencial que determinará o sucesso dos Jogos de Tóquio de 2020 – afirmou.
– Esta será a primeira vez em que uma cidade sedia sua segunda Paralimpíada de verão, e como a cidade que tem esta honra Tóquio pretende liderar o país no fortalecimento de padrões livres de barreiras nas acomodações.