A primeira-ministra italiana e agora candidata às eleições europeias recusou ainda "ceder aos delírios do politicamente correto tão em voga em alguns salões chiques", rejeitando também "tolerar o assalto a praças e monumentos em nome de uma cultura cancelada que assim quis".
Por Redação, com Agência Lusa - de Lisboa
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou neste domingo a sua candidatura às eleições ao Parlamento europeu, em junho, no momento em que seu partido Irmãos da Itália (FdI) cresce nas intenções de voto.
– Sempre me considerei um soldado e os soldados não hesitam em colocar-se na linha da frente quando necessário – disse a primeira-ministra durante o seu discurso na conferência do partido de extrema-direita do qual é líder, em Pescara, Itália.
– Queremos que a Itália seja central para mudar o que não funciona na Europa. Porque sim, a Itália hoje está mudando, embora muitos tenham dito que não era possível – acrescentou Giorgia Meloni, que promete levar o seu discurso conservador à União Europeia.
A primeira-ministra italiana e agora candidata às eleições europeias recusou ainda "ceder aos delírios do politicamente correto tão em voga em alguns salões chiques", rejeitando também "tolerar o assalto a praças e monumentos em nome de uma cultura cancelada que assim quis".
– Não podemos permanecer calados diante daqueles que, nas nossas escolas e universidades, ensinam o ódio à nossa história e à nossa civilização. Não podemos aceitar lições daqueles que querem uma Europa secular, mas querem que as escolas fechem durante o Ramadã e, ao mesmo tempo, pedem com a mesma coerência que o crucifixo seja retirado das salas de aula – acrescentou.
Avanço
Nas últimas eleições europeias, os Irmãos de Itália conquistaram seis lugares no Parlamento Europeu, mas uma sondagem recente da Ipsos para a Euronews, aponta que o partido poderá obter até 24 assentos nas próximas eleições em junho, com 27% dos votos.
A sondagem foi citada por Meloni em seu discurso, em que disse que o crescimento nas intenções de voto não é visto como "um exercício retórico de autossatisfação e autocelebração", mas antes para lembrar que "o que ganhamos não é algo que adquirimos para sempre, devemos continuar a merecê-lo".