Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

General Braga Netto muda discurso e nega que tenha ameaçado outros Poderes

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Terça, 17 de Agosto de 2021 às 11:58, por: CdB

Quanto à ameaça velada ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), Braga Netto também negou ter feito chegar a Lira que poderia não haver eleição caso o voto impresso fosse rejeitado pela Casa, o que de fato ocorreria algumas semanas depois.

Por Redação - de Brasília
Ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto foi outro que afinou o tom, nesta terça-feira, no discurso contra os demais Poderes da República. O militar, em função civil, negou no depoimento a deputados federais que tenha ameaçado as eleições do ano que vem. Em julho, Braga Netto assinou uma nota, em companhia dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, na qual afirma que"as Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.
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Ministro da Defesa, o general Braga Netto muda o discurso, perante os deputados
— Com a comunicação oficial realizada, não defendemos pessoas. Não afrontamos autoridades ou instituições. Pontuamos a necessidade de respeito à honra das Forças Armadas — desconversou o ministro, ao responder às questões levantadas pela sessão conjunta de comissões da Câmara.

Escândalo

Quanto à ameaça velada ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), Braga Netto também negou ter feito chegar a Lira que poderia não haver eleição caso o voto impresso fosse rejeitado pela Casa, o que de fato ocorreria algumas semanas depois. — Não houve ameaça. Em momento algum a mensagem teve por objetivo desrespeitar o Senado ou o senadores, e nem a eles se referiu, como eu expliquei e conversei com o próprio presidente do Senado, e ele compreendeu perfeitamente. Ao contrário: foi emitida uma resposta a um pronunciamento pontual considerado desrespeitoso e injusto — acrescentou. A nota do Ministério da Defesa teria sido uma resposta ao presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). Em sessão da CPI no dia 7 de julho, o senador disse que “fazia muito tempo que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”. O escândalo no Ministério da Saúde envolve, entre outros militares, o ex-ministro Eduardo Pazuello e o secretário executivo da pasta, coronel Élcio Franco. E encerrou sua participação após afirmar que, no cargo de ministro da Defesa, não poderia deixar sem resposta afirmações que, acredita, feriam a honra dos militares.
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